Boas ideias, péssimos ideais

“…sabe o que é descobrir de repente que se pode conversar sem o esforço de tentar arrancar compreensão de um vazio?” – A Revolta de Atlas, de Ayn Rand

Breaking Bad” é uma sumidade de acordo com a medida de audiência mundo afora. É um pesar saber disto. O mundo bem que poderia repudiar a série, mas onde há falta de valores bons, não se poderia esperar nada diferente!

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Basta mostrar artistas envolventes, com alto grau de convencimento, ter argumentos muito bem estruturados, dar um banho de tecnologia na edição e o sucesso está garantido, mesmo que o tema principal seja a produção de drogas, onde policiais são mortos aos borbotões, bebês expostos à pais ensanguentados, onde esposas esfaqueiam maridos após meses cooperando com o trabalho nocivo dele. Mesmo quando a droga é exposta em todos os episódios.

O que os produtores precisam levar em consideração é que a grande maioria das pessoas tem na televisão sua alavanca intelectual. Não são os livros, são as novelas e seriados. O meio criado em seus filmes servirá de base e não as palavras profundas de um pensador. Se este tivesse seu trabalho lido em paralelo a assistência de filmes como “Breaking Bad”, a série teria a simples função de divertimento. Mas, não, quem fornece a base onde as pessoas formam suas convicções são personagens como os deste seriado.

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O pior é ver tudo isto na tela de uma rede que se diz fundamentada na religião, que, como todos sabemos, é responsável pela integridade moral da humanidade.

Texto: Cleomar Santos

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Autor(a):

Colunista do TV Foco desde fevereiro de 2011. Acesse o perfil deste colunista no link abaixo:

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