Bocardi usa idoso para acusar Bolsonaro, repórter corta ao vivo e jornalista repreende: “Queria ouvir mais”

Rodrigo Bocardi repreendeu repórter ao vivo no Bom Dia SP (Foto: Reprodução)

Bocardi não deixou barato cortada de repórter em idoso

Na manhã desta quarta-feira (24), um idoso que foi vacinado em São Caetano do Sul, em São Paulo, ao dar entrevista para o Bom Dia SP, acabou acusando o presidente Bolsonaro, de “boicote”. O idoso trata-se de Seu José Celestino, que estava na fila de carros para se imunizar contra a Covid-19.

Ele falou que apesar de tudo, estava feliz com o adiantamento da campanha no município, onde idosos a partir dos 69 anos já podem se vacinar. “Felicidade, né. Depois que o Bolsonaro boicotou tanto”, disparou o idoso. Em seguida, o repórter Bernardo Bortolotto acabou cortando o homem, tentando mudar de assunto.

Seu Celestino foi interrompido antes de concluir uma outra frase. “Feliz então, seu José?”, questionou o repórter. O idoso então, ia concluir, e mais uma vez, o repórter interrompeu: “Seu José está bastante feliz que chegou a hora dele de vacinar”.

No estúdio do Bom Dia SP, Bocardi acabou repreendendo o repórter, e disse que os microfones do telejornal e da Globo, estavam abertos para todas as pessoas expressarem a sua opinião.

“Se o seu José, se depois tiver a oportunidade de falar com ele, queria ouvir mais o que tinha a dizer. Nosso microfone, seja para falar do presidente, do governador, eles estejam abertos para as pessoas. Ele ia dizendo do presidente Jair Bolsonaro no indicativo de, já num confronto com o que foi dito ontem no pronunciamento em rádio e TV e com o que foi dito muito antes pelo presidente”, disparou o jornalista.

PRONUNCIAMENTO

Rodrigo Bocardi estava se referindo ao pronunciamento feito ontem (23), por Bolsonaro, em rede nacional, onde ele fez alegações diferentes das que vinha adotando. O Ministério da Saúde, por exemplo, apresentou uma nova redução no número de doses previstas para o mês de abril. Das 57,1 milhões anunciadas semana passada, a previsão agora é de que sejam entregues apenas 47,2 milhões, ou seja, quase 10 milhões a menos.

O presidente Jair Bolsonaro em um pronunciamento oficial e inédito feito antes do início do Jornal Nacional (Foto: Reprodução / TV Globo)