Bolsonaro defende trabalho infantil, faz apologia ao castigo corporal, gera revolta e indignação
05/07/2019 às 11h40
Jair Bolsonaro conseguiu notoriedade e visibilidade nacional por causa de suas falas polêmicas, não raro carregadas de preconceito – homofobia, para dizer o mínimo -, e não por ter conseguido aprovar projetos durante seus mais de 25 anos como deputado federal, ou mesmo por ter conseguido aprovar algum projeto especial para o estado pelo qual foi eleito, o Rio de Janeiro. No Rio, aliás, o capitão expulso do Exército conseguiu tornar, não apenas seu berço eleitoral, mas também uma fonte de dinheiro para sua família, ao conseguir eleger seus herdeiros, Carlos Bolsonaro, vereador da capital fluminense, e Flávio Bolsonaro, senador do Estado.
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As polêmicas renderam a Jair Bolsonaro um espaço valioso em programas de TV, como os extintos programas CQC e Pânico, da Band. Hoje presidente da República, o ex-deputado continua sendo notícias por suas falas controversas, que dividem a opinião, como uma recente em que ele defende o trabalho infantil e o castigo corporal às crianças como forma de educação.
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Em uma live nas redes sociais, Bolsonaro evitou falar sobre a reforma da Previdência, em trâmite no Congresso, ou mesmo os diálogos vazados entre os procuradores da Lava Jato envolvendo seu ministro da Justiça Sergio Moro. No entanto, o presidente revelou que começou a trabalhar ainda criança e que com aos nove anos de idade já sabia dirigir e atirar. Para ele, não tem problema algum criança trabalhar.
Segundo Jair Bolsonaro, ele morou em uma fazenda por dois anos em Eldorado Paulista, onde o pai foi “peão”. “Naquele tempo para você cortar o milho, você não tinha que chegar na plantação e pegar. Tinha que quebrar o milho. Tinha que colocar o saco de estopa no braço. E eu com nove, dez anos de idade quebrava milho na plantação e quatro, cinco dias depois, com sol, você ia colher o milho”, afirmou ele, que criticou as pessoas que são contra o trabalho infantil, ou seja, de crianças.
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Por fim, Jair Bolsonaro defendeu o castigo corporal para ajudar na “educação” das crianças e disse sentir saudades “daquela época onde você tinha muito mais deveres do que direitos.Hoje só tem direitos, dever quase nenhum e por isso nós afundamos cada vez mais”, declarou.
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