Regina Duarte entrou no governo com carta branca, mas já foi passada para trás pelo presidente Jair Bolsonaro, que pode demiti-la a qualquer momento
No início do ano, o Brasil foi surpreendido com uma polêmica sem precedentes na Secretaria Especial de Cultura, quando o então secretário da pasta, Roberto Alvin, protagonizou um vídeo com referências nazistas e acabou sendo exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro. A escolhida para substituí-lo foi a atriz Regina Duarte, conhecida apoiadora do governo.
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Ao selar o acordo, que fez Regina Duarte deixar uma carreira consolidada e um salário pomposo na Globo, Bolsonaro deu carta branca à atriz para ela fazer nomeações e exonerações na pasta, o que foi visto como positivo por muitas pessoas, já que a atriz seria a pessoa responsável por apaziguar os ânimos entre o setor cultural brasileiro e o governo.
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Ela iniciou bem e promoveu algumas demissões, como do então presidente da Funarte, Dante Mantovani. Ele é discípulo de Olavo de Carvalho e causou polêmica após a divulgação de um vídeo em que ele aparece criticando o rock, estilo musical dominante no final do século passado. “O rock ativa as drogas, que ativa o sexo, que ativa a indústria do aborto”, disse ele.
A ala olavista do governo, no entanto, não gostou nada dessa artilharia de Regina Duarte e ela foi perdendo cada vez mais poder de fogo no governo. De acordo com a Revista Fórum, Jair Bolsonaro já quer a cabeça da atriz no governo e pretende distribuir o cargo dela entre os partidos do centrão.
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Encontro marcado
Ao que tudo indica, está cada vez mais perto a reunião que decidirá o futuro de Regina Duarte dentro do governo. De acordo com o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, Regina Duarte vai a Brasília na semana que vem se encontrar com Bolsonaro. O jornalista ainda deixou claro que a lista de temas não é pequena e conta com mais espinhos que flores.