Bom Sucesso chegou ao fim ontem e entrou para a lista de últimas novelas das 19h da Globo que conquistaram o público e deixaram saudade
A Globo chegou a enfrentar sérios problemas com sua faixa das 19h recentemente, mas nos últimos cinco anos, conseguiu emplacar uma boa sequência de novelas que caíram no gosto popular e deram um novo fôlego para o horário.
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Um desses últimos folhetins que cativaram os telespectadores foi Bom Sucesso. Com um texto de autoria de Rosane Svartman e Paulo Halm, a novela, que chegou ao fim ontem (24), foi bastante elogiada pela crítica, por trazer reflexões buscando referências na literatura, e soube equilibrar bem a comédia com o drama clássico, através de personagens carismáticos, defendidos por nomes como Grazi Massafera, Antonio Fagundes e Rômulo Estrela.
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Aproveitando a boa recepção do público a Bom Sucesso, vamos elencar aqui as cinco melhores novelas da Globo dos últimos dez anos, que também arrancaram elogios da crítica especializada ao mesmo tempo em que cativaram os telespectadores cada vez mais exigentes.
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Caras & Bocas (2009/2010)
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Caras & Bocas estreou na Globo ainda em 2009, o que a deixaria de fora dessa lista, seguindo os critério de folhetins exibidos apenas nos últimos dez anos, mas levando em conta a relevância da novela e o fato de ter sido finalizada já em 2010, vamos abrir uma pequena exceção.
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Hoje considerado o principal novelista da Globo, por emplacar uma sequência de folhetins de sucesso em todas as principais faixas da emissora, Walcyr Carrasco ainda não vivia o seu auge em 2009, principalmente após os resultados discretos com sua última novela, Sete Pecados (2007).
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O autor, no entanto, ganhou uma nova chance na faixa das 19h com Caras & Bocas, e surpreendeu, com uma trama inusitada, que trazia, pela primeira vez, um chimpanzé (Chico) como protagonista da história.
A novela, com diversão e drama na medida certa, chegou a fazer críticas bem sacadas ao mundo das artes plásticas, através do próprio chimpanzé, e foi sucesso de audiência, fechando com uma média superior a 30 pontos.
Ti Ti Ti (2010/2011)
Afastada das novelas há 13 anos, Maria Adelaide Amaral foi convencida a retornar aos folhetins, mas ao invés de criar uma trama original, optou por uma adaptação de duas novelas do seu mestre, o saudoso novelista Cassiano Gabus Mendes: Plumas e Paetês (1980) e Ti Ti Ti (1985).
O saldo foi para lá de positivo. A nova versão de Ti Ti Ti se destacou especialmente pela comédia, liderada pelo trio de protagonistas, composto por Claudia Raia, Murilo Benício e Alexandre Borges, que arrancaram gargalhadas do público.
A novela ainda se destacou por conseguir elevar a audiência do horário, que estava em baixa após o fiasco da sua antecessora, Tempos Modernos, conseguindo fechar com uma média de 30 pontos, e por vezes, superar a audiência de Insensato Coração, exibida no horário nobre na época.
Alto Astral (2014/2015)
Alto Astral marcou a estreia do autor Daniel Ortiz na Globo — responsável por Salve-se Quem Puder, próximo folhetim das 19h — , e que posteriormente, se tornaria um dos “queridinhos” de Silvio de Abreu, diretor de dramaturgia da emissora.
Comparada com os outros folhetins dessa lista, Alto Astral tem números discretos em termos de audiência, mas possui relevância por sua trama e pelo momento em que foi ao ar. A novela provocou uma ruptura de estilo que vinha sendo implantado sem sucesso por Além do Horizonte e Geração Brasil, que reforçaram a pior crise de audiência da história da emissora no horário.
Diferentemente das suas antecessoras, que apostavam em tramas mais dramáticas e pretensiosas, Alto Astral fez o chamado “arroz com feijão”, apresentando uma história leve e simples, e usando temas que já haviam sido destaques em novelas de sucesso, como A Viagem (1997), mas que foram suficientes para cativar o público.
Totalmente Demais (2015/2016)
Apesar das poucas novelas no currículo, a dupla Rosane Svartman e Paulo Halm vem ganhando cada vez mais notoriedade por seus trabalhos, tanto que aparece novamente nessa lista, agora com outro folhetim.
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Em Totalmente Demais, os autores inovaram com uma trama que fazia referência a clássicos do cinema, como a Dama e o Vagabundo, e um triângulo amoroso diferente, protagonizado por Marina Ruy Barbosa, Fábio Assunção e Felipe Simas, que dividiu positivamente o público.
Em meio a uma grave crise de audiência da Globo, a novela também conseguiu manter relevância, conquistando bons índices e obtendo boa repercussão nas redes sociais.
Cheias de Charme (2012)
Cheias de Charme não poderia ficar de fora dessa lista. A novela, aliás, é colocada por muitos, não só como uma das melhores produções da última década, como também uma das melhores da história da Globo no horário.
O folhetim de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira se tornou um fenômeno de audiência e popularidade. Investindo no tecnobrega, febre na época, a novela foi criativa ao usar a internet — antes vista como rival da televisão — como sua aliada, promovendo ações de transmídia e alavancando, assim, o sucesso das Empreguetes, grupo musical da trama composto pelas protagonistas, três empregadas domésticas, vividas por Leandra Leal, Isabelle Drummond e Taís Araújo.
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Toda novela de sucesso que se preze, traz personagens marcantes e com bordões que caem na boca do público. Com Cheias de Charme não foi diferente. A trama era repleta de personagens carismáticos e divertidos, como a vilã Chayene (Cláudia Abreu) e Socorro, vivida por Titina Medeiros, que chegou a vencer o Troféu Melhores do Ano de atriz revelação. Deixou saudade.