Bonner não teve papas na língua ao falar sobre Bolsonaro na TV
O jornalista William Bonner na noite do último sábado (26), participou do programa Altas Horas, e enquanto ele falava sobre a crise provocada pelo coronavírus no país, o profissional não poupou críticas ao governo de Bolsonaro.
De início, o apresentador alfinetou o presidente relembrando sobre as vezes em que o chefe de estado gritou com uma repórter ao vivo: “Se a autoridade pública manda calar a boca, se ela se recusa a responder, ou responde com impropérios e insultos, quem não está cumprindo seu papel é a autoridade pública”, disparou o ex-marido de Fátima Bernardes.
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Logo depois, Bonner acabou relembrando ainda os editoriais feitos pela Globo para marcar os números dolorosos da pandemia. Cobrindo diariamente os casos relacionados a covid-19 no Brasil, ele sente na pele o número crescente dos casos e busca levar aos brasileiros seus sentimentos.
“Durante a pandemia, foram feitos alguns editoriais quando números muito impressionantes eram atingidos. Isso aconteceu, por exemplo, com o número de 100 mil mortes. Agora com 500 mil mortes, nós achamos que era o momento não apenas de fazer um editorial para marcar posição sobre a gravidade dessa tragédia nacional, mas para marcar uma posição nossa, do Jornalismo da Globo, em defesa de coisas que constam na nossa essência e nos nossos princípios editoriais”, explicou o jornalista.
“Eu tinha 20 anos quando a gente começou a brigar para ter eleições diretas, por exemplo. E aí declarações, atitudes, manifestações, sinais vão sendo dados, aqui e ali, que acendem a nossa luz de alerta. Toda a imprensa livre tem como papel defender a nossa democracia. É o que a gente está fazendo e foi o que a gente quis marcar com aquele editorial”, concluiu William Bonner.
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REPÚDIO
Essa, vale dizer, não é a primeira vez que Bonner ataca Bolsonaro na Globo, recentemente, ele repudiou o presidente ao vivo, depois que o político se exaltou com uma repórter de uma afiliada da emissora.
“A Globo e a TV Vanguarda repudia ao tratamento dado pelo presidente à repórter Laurene Santos, que cumpria apenas o seu dever profissional. Não será com gritos nem intolerância que o presidente impedira ou inibirá o trabalho da imprensa no Brasil. Esta, ao contrario dele, seguirá cumprindo seu papel com serenidade”, falou o jornalista ao vivo no Jornal Nacional.
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