O âncora viu a emissora sofrer ataques de Jair Bolsonaro
William Bonner e a Globo estão vivendo uma verdadeira guerra contra um inimigo em comum: o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (Sem partido). Com frequência o político ataca a emissora carioca e o âncora do JN e nesta última quinta-feira (04), o conflito ganhou um novo episódio.
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Tudo aconteceu quando Jair Bolsonaro desembarcou no aeroporto de Cascavel no Paraná para participar da inauguração do Centro Nacional de Treinamento de Atletismo da cidade.
Na saída do aeroporto, Bolsonaro atendeu os apoiadores que estavam em sua espera e ergueu um cartaz em que estava escrito “Globo Lixo”.
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Essa está longe de ser a primeira vez que o político ataca a emissora, recentemente ele chamou William Bonner de “canalha” e “sem vergonha” durante uma conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília.
No Twitter as manifestações de Bolsonaro causaram diferentes reações entre os usuários das redes social: “Bolsonaro não se enxerga mesmo, ele que é um lixo”, disse uma. ” A imprensa toda é podre, o presidente tem razão”, afirmou outra.
VINGANÇA DE BONNER
William Bonner nunca respondeu os ataque feitos por Bolsonaro diretamente, mas sempre que pode, o âncora e editor-chefe do JN expõe notícias contra o governante, como foi na edição de ontem do noticiário.
“Procuradoria-Geral da República abriu uma apuração preliminar sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na crise sanitária no Pará e no Amazonas nesta pandemia”, anunciou Bonner que completou dizendo que Bolsonaro pode ser denunciado por crime de responsabilidade.
Vale lembrar que o âncora, recentemente quebrou o protocolo na bancada do jornal e desabou com um relato sobre o papel da imprensa durante a atual pandemia de Coronavírus.
“Nesse momento, infelizmente, além de dar as notícias, de trazer as informações corretas, nós estamos esgrimando com loucos, com irresponsáveis, com gente que é capaz de entrar num WhatsApp da vida e sair espalhando mentira a bel-prazer. Mas as mentiras mais absurdas, as mais absurdas, crendices. Tem gente que faz isso investido de cargo público, tem gente que faz isso sistematicamente”, disse o jornalista de uma forma que foi vista poucas vezes durante a sua carreira.