“Aumento”: Bonner para JN com lei de Haddad e salário turbinado no INSS

Em edição do Jornal Nacional, Bonner paralisa jornalístico com novo salário mínimo com valor disparado que afeta salários do INSS

Em edição do Jornal Nacional, no ar em agosto de 2024, Bonner paralisou a programação para anunciar uma nova medida proposta por Haddad que influencia diretamente o salário mínimo e consequentemente os valores pagos pelo INSS.

Isso porque, ao lado da ministra Simone Tebet, cuja qual lidera o Ministério do Planejamento e Orçamento do atual Governo Lula, Haddad apresentou a PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) para o próximo ano de 2025:

“O Governo enviou ao congresso a proposta de lei do orçamento para o ano que vem (2025), com previsão de receitas e despesas. O texto prevê um salário mínimo de R$1.509, um aumento de 6,87% em relação ao valor atual” – Informou Bonner

Aumento mais aguardado!

Conforme dito por Bonner, apesar de ser apenas uma nova estimativa, esse aumento representa um adeus aos R$ 1.412. 

De acordo com a Folha de S.Paulo, a projeção ocorreu por causa de alterações na grade de parâmetros elaborada pela Secretaria de Política Econômica (SPE), como variação na inflação.

Para quem não lembra, ainda em abril deste ano, o valor divulgado para 2025 era de R$1502.

Essa nova projeção está alinhada à política do Governo Federal de valorização do salário-mínimo, conforme podem ver por meio deste link*.

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Como o salário mínimo atinge o INSS?

Conforme dito no inicio, o salário mínimo não afeta apenas trabalhadores como aposentados e beneficiários de concessões do INSS, como o BPC.

Sendo assim, aposentados do INSS também receberão essa turbinada nos valores dos benefícios pagos mensalmente.

Isso sem falar em direitos como PIS/PASEP e no cálculo das contribuições previdenciárias de trabalhadores autônomos, MEIs, donas de casa de baixa renda e também estudantes.

Sob pressão:

Porém, essa política de valorização do salário mínimo e sua vinculação aos benefícios do INSS irão corroer mais da metade dos efeitos esperados com a reforma da Previdência aprovada ainda no ano de 2019.

Pelas contas do economista Fabio Giambiagi, do FGV/Ibre, o aumento do mínimo associado ao crescimento do PIB deve provocar uma alta de despesas de R$ 638 bilhões nos próximos 10 anos.

O que consome cerca de 56% da economia prevista com reforma no mesmo período.

Na terceira revisão bimestral de receitas e despesas, divulgada em 22 de julho de 2024, o governo informou que prevê gastar :

• Mais R$ 4,9 bilhões com a Previdência
• R$ 6,4 bilhões com o BPC – voltado aos idosos e deficientes de baixa renda.

Ainda de acordo com o especialistas, esses gastos estão crescendo num ritmo acima do limite permitido pelo novo arcabouço fiscal (2,5% ao acima da inflação), comprimindo cada vez mais outras despesas no Orçamento e colocando em xeque a sustentabilidade da nova regra para as contas públicas.

Resistente à agenda de revisão de gastos, o presidente Lula vem defendendo a política de reajuste do salário-mínimo e dizendo que não há espaço para se discutir uma desvinculação dos benefícios previdenciários e assistenciais, que já havia sido sugerido pela Ministra Simone Tebet.

Quais são as estimativas do salário mínimo até 2028?

Porém, além dessa projeção de 2025, pelas novas estimativas, o salário-mínimo seria de:

• R$1.595 em 2026;
• R$1.687 em 2027;
• R$1.783 em 2028.