Boris Casoy foi bem sincero e não teve medo de botar a mão no formigueiro ao dar uma entrevista na qual falou sobre temas polêmicos, como a política e revelou qual a sua posição quanto ao assunto.
Ela também elogiou e defendeu William Waack, que saiu da Globo há poucos meses: “Acho que a repercussão foi muito amplificada pela posição dele que eu classifico como democrata. A questão dele foi provocada por ele mesmo, assim como a minha foi provocada por mim, mas daí a achar que eu sou anti-pobre e ele, racista, têm uma distância muito grande”, disse.
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E acrescentou: “O que tem em comum no meu caso e no do William é que nós dois descontentamos determinados setores ideológicos que tem o hábito de usar isso para o que eu chamo de patrulha. O William nunca foi racista. Ele é conhecido, ele tem escritos, ele tem um passado”.
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Sobre o formato engessado dos telejornais, ele disse: “O telejornal não foi projetado para comentários, mas eu achei que faltava alguma coisa e comecei a fazer informalmente”.
Sobre o assédio do público, ele comentou: “No início, o assédio me incomodou muito. Eu tive problemas para sair de casa, perdi muitas coisas que eu gostava, como tomar cafezinho na padaria, ir ao boteco… Me senti tolhido, invadido. Eu classifiquei isso na época como sendo alvo de uma ‘curiosidade zoológica’”, disse Casoy.
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Ele revelou que se orgulha de ter sido “o primeiro âncora a emitir opiniões dentro de telejornais no Brasil”. E acrescentou: “É uma conquista profissional, um fato positivo da minha carreira. Isso não existia ou era sufocado pelo regime militar”.
Ele disse que já tinha problemas com os seus comentários na época em que trabalhou no canal de Silvio santos: “Durante muito tempo, o comentário foi contestado dentro do próprio SBT. E na imprensa e na crítica também. Mas eu queria, estiquei a corda”.
Na RedeTV! desde 2016, após longos anos na Record e, depois, na Band, Boris disse ainda por que não para de trabalhar: “Se eu me aposentar, sei que vou para o hospício no segundo mês”.
Sobre o episódio com os garis, no fim de 2009, Casoy revelou: “Eu gozei, estava brincando. Passou, pedi desculpas. Mas a brincadeira, na minha cabeça, não tinha nenhum intuito depreciativo. Não tenho nada contra os lixeiros”.
E acrescentou, ainda falando sobre a patrulha: “Eu fui e sou [vítima de patrulha]. Eu não leio mais. Quando eu pego, eu processo. Já processei muita gente. O cara que se explique. Processo e aviso que vou processar. E vou dizer para você: a maioria desses caras se caga de medo, são covardes, tem gente que chega a chorar”.
Sobre sua posição política, Casoy foi bem claro: “Dizem que eu sou da extrema direita. Não sou. Eu me considero um liberal na política, na economia. Sou pela livre iniciativa, a favor da total, completa liberdade de expressão. Sou contra todos esses movimentos censórios, que apareceram aí de manifestações artísticas. Apoio a luta das mulheres, dos homossexuais. Sou de centro direita, mas totalmente libertário”.
Incisivo nos comentários, Boris acredita ter conseguido manter distanciamento entre “as minhas preferências pessoais e o exercício da profissão”. Com informações do Uol.