Briga com faca, ciúmes e rebeldia: os maiores barracos que provocaram expulsões de atores das novelas
20/07/2019 às 11h41
Assim como na ficção, os famosos também já protagonizaram grandes barracos nos bastidores das novelas; vamos relembrar alguns deles
Os bastidores das novelas nem sempre são dos mais pacíficos e harmoniosos. Não são raras as vezes em que gravações de folhetins são marcadas pelos maiores barracos, envolvendo conflitos de egos, ciúmes, e até atos de indisciplina, que culminam na expulsão dos envolvidos dessas produções.
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Hoje então vamos relembrar alguns desses barracos que deram o que falar, ressaltando também o “malabarismo” dos autores, que tiveram que inventar boas desculpas em suas tramas para conseguir justificar a ausência dos personagens após a saída inesperada dos seus intérpretes dos folhetins.
CASAL PROBLEMÁTICO
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Vera Fischer e Felipe Camargo formaram um dos casais mais famosos dos anos 1990, mas também um dos mais polêmicos, por protagonizarem algumas confusões, inclusive, durante as gravações de Pátria Minha, novela das 21h da Globo, em 1994.
Segundo a atriz, por conta de ciúmes, o relacionamento entre eles foi se desgastando, passando por discussões acaloradas, até chegar às vias de fato, tendo ocasiões em que os dois foram parar no hospital. Tudo isso era intensificado pelos problemas que eles enfrentaram com as drogas.
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Nos bastidores da novela, o restante do elenco e a equipe técnica já não suportavam mais o constante bate-boca do casal. Vera, que era protagonista da trama, chegava a gerar ainda mais dor de cabeça por outros atos de indisciplina e pelos frequentes atrasos, ao ponto de fazer com que o veterano Tarcísio Meira, o outro protagonista da novela, só saísse de casa quando alguém lhe confirmasse que a colega já estava nos estúdios.
Resultado? A Globo decidiu tirar Vera e Felipe da trama. O autor Gilberto Braga precisou “quebrar a cabeça” até encontrar uma solução para eliminar a sua protagonista da história. Lídia (Vera) então deixou a trama após morrer em um incêndio, que também vitimou Inácio (Felipe). Luiza Tomé foi a escolhida para ocupar o posto de protagonista da novela.
Na época, Vera demonstrou revolta com a saída de Pátria Minha; detonou Tarcísio Meira e ainda ameaçou fazer novelas no SBT. “Tarcísio é um velho caquético. Quero que ele e todo mundo da Globo se fodam. Ninguém me expulsou. Eu que pedi a conta. Não quero mais saber da Globo. Vou trabalhar no SBT ou no exterior”, disparou.
BAD BOY
Dado Dolabella é um daqueles atores que deixam muita gente de cabelo em pé pelo seu gênio forte e histórico problemático, que envolve porte de substâncias ilícitas, agressão a mulheres e até prisão por falta de pagamento de pensão alimentícia.
Vencedor da primeira temporada de A Fazenda, Dado ganhou moral em 2009 para se tornar um dos principais galãs das novelas da Record. Porém, em seu primeiro folhetim após a vitória no reality, ele já causou polêmica.
Na época, rumores, levantados pelo jornal O Globo, apontavam que o ator chegava atrasado para as gravações de Chamas da Vida, tinha problemas para decorar o texto e que até chegou a discutir com um dos diretores da trama, o também ator Roberto Bomtempo.
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O seu personagem, ironicamente um bad boy, chamado Antonio, deixou a trama antes do previsto, após morrer em um embate com a vilã Vilma (Lucinha Lins). A autora Christianne Fridman, no entanto, negou que os problemas pessoais do ator teriam motivado a morte do personagem.
Mas esse não foi o único caso polêmico envolvendo o comportamento de Dado nos bastidores de uma produção. Em 2014, o ator ganhou mais uma oportunidade da Record na novela Vitória. Porém, logo no início das gravações do folhetim, no Caribe, ele foi acusado por um produtor de tê-lo agredido.
A confusão começou quando Dado se revoltou com a demora da produção em conseguir café e teria xingado uma produtora ao ponto de fazê-la chorar. O outro produtor então saiu em defesa da colega, até que teria sido ameaçado e empurrado de uma escada pelo ator. Mesmo com Dado negando essa versão, a Record decidiu rescindir o contrato com o galã, fazendo com ele saísse pela porta dos fundos e permanecesse afastado das novelas até hoje.
Para o seu lugar, a emissora escalou o ator Rodrigo Phavanello, que gravou as primeiras cenas da trama. Porém, a autora Christianne Fridman, mais uma vez, teve de reescrever a história e excluir o personagem.
DILEMA
Se a Record foi bastante elogiada pela sua postura no caso envolvendo Dado Dolabella, não dá para dizer o mesmo em relação à outra grande confusão nos bastidores de um dos seus folhetins.
Em 2012, Chay Suede, hoje considerado um dos principais galãs jovens da Globo, despontava como ator no remake de Rebelde, mas já era apontado como “arrogante” e “prepotente” por colegas. E no auge do folhetim, que fez bastante sucesso entre o público jovem, o ator foi acusado de provocar uma briga com um dos diretores, com direito a ameaça com faca.
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Porém, a Record se viu diante de um dilema: o clima entre Suede e o diretor era insustentável, e um dos dois teria de deixar a produção. Todos apontavam Suede como o responsável pela confusão, mas como ele era um dos astros da novela e integrante da banda oriunda do folhetim, que estava em alta e gerava boa receita para a emissora, a sua demissão não seria bom negócio. A corda, então, teria arrebentado do lado mais fraco, e a Record acabou afastando o diretor da produção, atitude que foi bastante criticada.
Suede confirmou a briga, alegando “motivos pessoais, e não profissionais”, mas negou que tenha ameaçado em algum momento o diretor com uma faca.
MANDO UM POSTAL
Este é um caso clássico das novelas. Em 1986, Lúcia Veríssimo estava apenas em sua terceira trama na Globo, mas depois de ser lançada na faixa das 18h da emissora, emplacou seu segundo folhetim consecutivo no horário nobre. No entanto, a experiência não foi das mais agradáveis para ela.
Na novela Roda de Fogo, a atriz deu vida à personagem Laís. Porém, quando tudo parecia correr bem, Lúcia passou a ter alguns desentendimentos com produtores da novela. Como o clima nos bastidores não era dos melhores, a Globo decidiu afastar a atriz.
Porém, a solução encontrada pelo autor Lauro Cezar Muniz para sumir com sua personagem foi mais criativa, ou, no mínimo, inusitada. Dessa vez, nada de mortes: o novelista inventou uma viagem para Laís, que nunca mais retornou. Porém, não esqueceu completamente da personagem: no último capítulo do folhetim, a família chega a receber um cartão postal da moça, mas nada além disso.
Lembra de mais algum caso marcante? Então deixe seu comentário logo abaixo!
Autor(a):
Renan Santos
Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.