Uma antiga produtora de doces se viu obrigada a demitir funcionários e fechar as portas da fábrica, após crise que rendeu dívida de R$ 260 milhões
O comunicado de falência de uma tradicional empresa de chocolates pegou a Nestlé e a Cacau Show de surpresa. Após uma longa história de sucesso, a crise da companhia foi parar na Justiça e o grupo acabou encerrando as atividades.
Durante quase nove décadas, a marca fez parte da vida de milhões de brasileiros. No auge, eles ganharam destaque pela fabricação de doces em formato de cigarros, lápis e moedas, que eram referência e viraram febre nas lojas.
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De acordo com o jornal O Globo, a Chocolates Pan teve falência decretada em fevereiro do ano passado, acumulando cerca de R$ 260 milhões em dívidas. Houve demissões em massa e alguns colaboradores acabaram ficando sem receber nada.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o advogado Roberval Pedrosa confirmou que haviam pelo menos 60 pessoas atrás de indenizações que beiravam R$ 2 milhões na Justiça. Um deles é o antigo funcionário da fábrica, Ariel de Carvalho Rodrigues, de 73 anos.
O homem contou ter sido demitido há 5 anos, mas não havia recebido nem 1 centavo dos antigos chefes. Ele lamentou o fechamento do espaço em que passou a maior parte da vida “Os produtos tinham muita saída. Como foi acontecer algo assim? Fico triste de ver aquilo abandonado”, disse.
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Em setembro de 2023, a Cacau Show, que também compete com a Nestlé, arrematou a fábrica em um leilão por R$ 71 milhões. Na ação, o imóvel, localizado em São Caetano do Sul, foi recebido livre de qualquer pendência financeira. Hoje, ele já pertence aos novos donos.
Em março deste ano, a marca foi leiloada e arrematada por R$ 3,1 milhões. O lance vencedor foi da empresa Real Solar, de Goianinha, no Rio Grande do Norte, que poderá usar os 37 nomes da Chocolates Pan. O valor será utilizado para pagar parte das dívidas, principalmente com os trabalhadores.
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O que acontece em casos de falência?
Esse processo reúne os bens da instituição e dos donos, apontando o que deve ser liquidado para pagar as dívidas em aberto. Ele pode levar longos anos na Justiça, assim como também pode ser revertido, caso o responsável consiga achar um jeito de levantar a empresa novamente.
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