Clientes chocados: A falência de uma das maiores redes de supermercados do país, com 114 lojas espalhadas, expõe calote milionário e penhora de bens
Quando o assunto é a falência de grandes empresas, os desfechos chamam atenção. As proporções são ainda maiores quando o protagonista são setores consolidados, como o ramo de supermercados.
Em agosto de 2024, o portal folhamax trouxe os bastidores do fim de um supermercado após 30 anos no mercado, que envolveu um calote milionário e até venda de caminhões.
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Com 114 lojas espalhadas, o grupo se destacou como uma das maiores redes de supermercados do Mato Grosso, atuando por três décadas no estado.
Bastidores da falência
Primeiramente, conforme relatado pelo portal Mídia News, o endividamento da empresa começou em 2010.
A situação tornou-se cada vez mais difícil, e nos anos seguintes, as dívidas do Grupo Modelo chegaram a R$ 184 milhões.
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Ademais, a empresa até tentou se reerguer, mas não obteve sucesso. O grupo afirmou que a situação estava “caótica” e não existia a menor possibilidade de dar prosseguimento às atividades.
Dessa forma, em outubro de 2014, a empresa decretou a sua falência. Segundo a empresa, o principal motivo da queda foram as dívidas com os bancos.
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Com valores que chegavam a R$ 92,5 milhões, segundo as fontes, a rede de supermercados tinha dívidas com bancos credores como o Santander, Itaú, Bradesco, Safra, Mercantil, Daycoval e Citibank.
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Bens penhorados
Com a falência, a situação tornou-se ainda maior: Em agosto, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira determinou a restituição bens ao Banco Indusval, atual Banco Master, por uma dívida de R$2 milhões.
Os modelos? Nada menos que cinco Mercedes-Benz L1620, fabricados em 2003 e 2004 e um Volkswagen Fox (2006).
Dessa forma, a juíza acatou ao pedido do banco, que não vinha sendo “localizado” pelo administrador judicial da massa falida.
“Em análise dos autos e de todas as comprovações de intimação direcionadas ao administrador judicial, com retorno positivo, realizada nos autos de origem que tramitava em São Paulo, em consonância com as razões exaradas pelo Ministério Público entendo que não há o que se falar em inércia de parte autora em relação aos bens garantidos fiduciariamente, tampouco em renúncia da garantia”, disse a nota, compartilhada no portal folhamax.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de falência do Grupo Modelo, uma das maiores redes de supermercados do Mato Grosso, revela a complexidade e o impacto do colapso de grandes empresas.
Primeiramente, a queda, que começou com endividamentos em 2010, culminou em 2014 com a decretação da falência, envolvendo cifras milionárias e a perda de ativos importantes.
Resumidamente, os pontos-chave do desfecho incluem:
- Endividamento crescente desde 2010, totalizando R$ 184 milhões segundo a fonte.
- Dívidas com grandes bancos como Santander, Itaú e Bradesco.
- A restituição de cinco caminhões Mercedes-Benz, decretada pela justiça em 2023.
Por fim, esses eventos destacam como mesmo grandes empresas, consolidadas por décadas, podem enfrentar crises financeiras irreversíveis.
Dessa forma, o impacto da falência se estendeu por anos, com decisões judiciais continuando a afetar a empresa e seus bens.
Como acontece a penhora de bens de uma empresa após a falência?
A penhora de bens de uma empresa após a falência acontece como parte do processo de liquidação para pagar os credores.
Primeiramente, o juiz responsável pela falência decreta a penhora dos bens que ainda possuem valor de mercado, como imóveis, veículos ou equipamentos.
Posteriormente, esses bens são avaliados e levados a leilão público, onde o valor arrecadado será utilizado para quitar as dívidas com os credores, seguindo uma ordem de prioridade estabelecida pela lei.
Dessa forma, durante esse processo, o administrador judicial, que foi nomeado pelo tribunal, acompanha todas as etapas e garante que os bens sejam corretamente localizados e entregues.
No caso de garantias fiduciárias, como aconteceu com o Grupo Modelo, por exemplo, bens específicos, como os cinco caminhões Mercedes-Benz, foram restituídos diretamente ao credor, após a decisão judicial.
Dessa forma, o processo de penhora visa garantir que os credores recebam o máximo possível, minimizando os prejuízos resultantes da falência.