O QUE ROLOU?!

Calote de R$100 milhões traz falência de varejista tão popular quanto a Magalu e rival sai engolindo tudo

22/07/2024 às 9h14

Por: Lennita Lee
Varejista gigante, tão popular quanto a Magalu, acabou tendo fim após dívida milionária (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Wiki)
Varejista gigante, tão popular quanto a Magalu, acabou tendo fim após dívida milionária (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Wiki)

Nunca antes a frase “não está fácil para ninguém! ” fez tanto sentido como nos últimos anos. O pior é que nem mesmo as grandes lojas, que até pareciam imunes à crise financeira mundial, acabaram passando por percalços e até mesmo fechamento, falências e até mesmo passadas para as mãos de grandes rivais.

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Agora não se engane achando que esse tipo de situação afeta somente o mercado atual. Infelizmente crises e cenários desafiadores sempre aterrorizaram o nosso mercado, principalmente entre o período dos anos 80 aos iniciais dos anos 2000.

Mesmo as maiores varejistas, tão populares quanto uma Magalu, acabaram provando o gosto amargo do fim e tiveram que fechar as suas portas em meio à dívidas crises e até mesmo um certo desgosto em ver todo o seu império sendo engolido por rivais.

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Como aconteceu com a gigante Dudony, fundada ainda em 1988 como distribuidora e que em 1992 inaugurou sua primeira loja em Maringá, no Paraná.

De acordo com o portal Wiki, a mesma acabou ganhando um espaço relativamente significativo em todo o estado e até mesmo na capital.

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A queda

Vale destacar que, de acordo com o Tribuna PR, até 2009, a rede passou a ser considerada a maior do Paraná e chegou a empregar cerca de 2.500 funcionários.

Infelizmente, mesmo grandiosa, a rede acabou pedindo pela sua recuperação judicial ainda em dezembro de 2008, pela 1º Vara Cível de Maringá.

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Segundo alegações da Dudony em meio ao processo, foram as inúmeras dificuldades financeiras que vinha enfrentando, decorrentes da crise econômica mundial e a consequente restrição ao crédito no mercado financeiro da época, que obrigaram a empresa a pleitear a sua recuperação judicial.

Com o pedido deferido, a empresa contou com o benefício de ter as ações contra ela suspensas pelo período de 180 dias.

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A Dudony também ganhou um prazo de 60 dias para apresentar seu plano de recuperação que previu a forma de quitação de suas dívidas e ser aprovado pela maioria dos seus credores.

Porém até fevereiro de 2009 a rede chegou a colocar à venda 11 lojas só no estado de São Paulo, com um calote/dívida que ultrapassava os R$ 100 milhões, o que trazia consigo uma falência iminente da empresa …

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Segundo o documento exposto pelo Diário de Justiça do Estado do Paraná, a empresa já devia para quase 250 credores, entre bancos, fabricantes de eletrodomésticos, empresas de telefonia e pessoas físicas.

Porém, apesar do pânico da situação, o assessor jurídico da Dudony, Cleverson Colombo, alegou na época que não havia risco de demissões no quadro de funcionários: “Não há planos de demissões. Os vencimentos e o 13º salário dos funcionários já foram depositados”.

As encomendas feitas pelos clientes também foram garantidas: “Mesmo as compras feitas online vão ser entregues. Não há risco nenhum para nossos clientes”

Baú da Felicidade engolindo tudo

Em junho de 2009, após uma manhã de tensão com as manifestações de funcionários pelas ruas de Maringá e na frente da empresa, os credores das lojas Dudony aprovaram no dia 16 daquele mês, a venda das 110 lojas, estoque e outras instalações ao Grupo Silvio Santos, através de seu braço Baú Crediário, pelo Baú da Felicidade, uma de suas maiores rivais.

Caso a proposta não fosse aceita, a Dudony poderia ter a falência declarada, com possibilidade de demissão em massa. Vale destacar que o diretor de varejo do Grupo Silvio Santos, Décio Thomé, afirmou que os cerca de mil funcionários da rede seriam mantidos.

A negociação que já havia sido formalizada dependia apenas de uma autorização judicial para ser concretizada. Segundo o Tribuna Paraná, o negócio envolveu uma quantia de R$ 33 milhões.

O que aconteceu com as dívidas da Dudony após a compra pelo Baú da Felicidade?

A assembleia para a negociação contou com a presença de cerca de 150 dos 240 credores das empresas Distribuidora Maringá de Eletrodomésticos (Dismar) e de sua controlada, Markoeletro Comércio de Eletrodomésticos, proprietárias da marca Dudony.

Após assumir o controle da Dudony, o Baú da Felicidade precisou se responsabilizar pelas dívidas que a antiga empresa deixou junto ao fisco.

De acordo com o portal TMA, a decisão, da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) foi tomada no dia 03 de março de 2010, porém coube recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça.

Com isso, o Baú, a findada Dudony e o administrador judicial, declararam que a negociação envolvia a compra parcial dos bens das empresas, o que a isentava o Baú da Felicidade de assumir as dívidas fiscais:

“Com todo o respeito, crer que a aludida negociação consubstancia mera “venda parcial de bens” representa, inquestionavelmente, visão “míope e distorcida” da realidade” – Alegaram na época à Justiça

De acordo com o Gazeta do Povo, o Baú da Felicidade comprou apenas o varejo da empresa, sendo assim, o atacado continuou pertencendo a Busíquia.

Vale destacar que no ano de 2011 o Baú da Felicidade foi comprado pela Magalu por R$83 milhões, como podem ver através desse link*

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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