De dívidas milionárias a portas fechadas: A luta de Loja nº 1 dos shoppings para evitar o colapso no Rio de Janeiro
E uma loja queridinha dos shoppings, localizada em vários pontos do Rio de Janeiro, RJ, ainda trava uma luta árdua contra a falência após uma série de adversidades, dívidas milionárias e fechamentos de unidades.
Trata-se da Leader, a qual atualmente opera com apenas seis lojas, uma redução drástica em comparação às cerca de 160, sendo 30 somente no RJ.
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Sendo assim, a partir de informações do portal O Globo, Seropédica e Brasil Shoppings, a equipe especializada em economia do TV Foco traz todo o parâmetro da situação abaixo:
O início de tudo
Fundada no ano de 1951 na cidade de Miracema, interior do Rio de Janeiro, a Leader consolidou-se como uma das principais redes de lojas de departamento do país.
Ao longo das décadas, expandiu sua presença para outros estados brasileiros, incluindo:
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- Minas Gerais;
- Pernambuco;
- Espírito Santo;
- Alagoas, Sergipe;
- Rio Grande do Norte.
Aquisição pelo BTG Pactual e dificuldades
Em 2012, o banco de investimentos BTG Pactual adquiriu uma participação majoritária na Leader, visando fortalecer a atuação da varejista no mercado nacional.
No entanto, a empresa começou a enfrentar dificuldades financeiras significativas nos anos seguintes.
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Em 2016, a família Furlan, antiga proprietária da rede paulista Seller, comprada pela Leader em 2013, solicitou a falência da empresa devido a pagamentos atrasados de R$ 9 milhões.
Na época, a dívida total da Leader já alcançava R$ 1 bilhão.
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Recuperação judicial:
Em março de 2020, a Leader entrou com pedido de recuperação judicial, buscando reestruturar suas dívidas e evitar a falência.
Como parte desse processo, diversas lojas foram fechadas, incluindo a primeira unidade inaugurada em Miracema, que encerrou suas atividades após 71 anos de operação.
Conforme mencionamos acima, no município do Rio de Janeiro, a empresa reduziu sua presença para apenas seis filiais em funcionamento.
Presença nos shoppings:
A Leader, de longe, era uma das mais queridinhas dos shoppings. Inclusive, ao longo de sua trajetória, a Leader operou em muitos deles. No Rio de Janeiro, sua presença se consolidou no:
- Norte Shopping;
- Taquara;
- Resende Shopping;
Desses três, atualmente, só a de Resende Shopping sobrevive.
Além disso, mantinha lojas de rua em bairros como Madureira, Copacabana, Botafogo, Catete, Campo Grande e Lapa.
Entretanto, com o fechamento da maioria, um rastro de desemprego e perplexidade na população perpetuou-se.
Sob nova direção
Mas, em junho de 2024, em meio a pedidos de falência e despejos, a Leader passou por uma nova mudança em seu controle acionário.
Essa transição ocorreu em um momento crítico, com a empresa operando com um número reduzido de lojas e enfrentando prejuízos multimilionários.
O administrador judicial da varejista chegou a declarar em juízo que, em sua opinião, o melhor desfecho para o negócio seria a falência.
Já em dezembro de 2024, a Leader conseguiu celebrar um acordo para quitar uma dívida milionária com a Inova, administradora de sua recuperação judicial.
A varejista não pagava os honorários da Inova desde fevereiro daquele ano, acumulando uma dívida de R$ 1,6 milhão.
A falta de pagamento gerou preocupações sobre a capacidade da empresa de recuperar sua saúde financeira, especialmente porque a Inova alegava que a Leader não estava fornecendo os dados periódicos exigidos, impedindo a elaboração de relatórios mensais de atividade:
“Infelizmente, o cenário de crise econômico-financeira superou os instrumentos até então utilizados para o soerguimento do Grupo Leader, o que culminou em descumprimentos de obrigações periódicas de qualquer sociedade que se vale do instituto da Recuperação Judicial, além daquelas de simples recebimento de intimações ou citações em sua sede e filiais.”
Mas a Leader ainda pode se salvar?
De acordo com o Diário do Rio, apesar da crise, o público tem um grande afeto pela empresa e quer confiar na habilidade de Heringer de reerguer uma das mais queridas marcas do estado.
Porém, ela ainda não vive um cenário ideal. Apesar de ter assumido a empresa prometendo solução gradual e reerguimento da marca, Heringer firmou acordos que parou de cumprir, e a empresa voltou a estar inadimplente com uma série de fornecedores, como dito acima.
A empresa alega que não estaria cumprindo os acordos firmados por conta de sucessivos bloqueios nas contas da companhia.
Em contrapartida, especialistas no mercado empresarial dizem que Heringer e Lima são bons investidores em empresas em dificuldades; desde postos de gasolina falidos até empresas de laticínios, os mesmos estariam habituados a realizar este tipo de negócio.
O que nos resta é aguardar pelos próximos capítulos e torcer para que esse império prevaleça.
Conclusão:
A Leader, tradicional rede de lojas de departamento, enfrenta uma crise sem precedentes no Rio de Janeiro.
Com uma dívida bilionária e fechamentos em massa, a varejista luta para sobreviver.
Após uma recuperação judicial e mudanças acionárias, sua situação ainda é incerta. Mas o público segue esperançoso, mas desafios financeiros persistem.
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