Este mês, começaram a surgir centenas de denúncias de abuso sexual contra o médium João de Deus, que acabou tendo sua prisão decretada no último dia 14, e se entregou à polícia no último domingo (16).
O escândalo pegou muita gente de surpresa, incluindo o GNT, que estava planejando a exibição de um documentário sobre o médium. De acordo com a colunista Patrícia Kogut, o canal pago do Grupo Globo havia adquirido os direitos de João de Deus: o Silêncio é uma Prece. Porém, após as denúncias contra o religioso, a emissora decidiu engavetar o filme.
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Com direção de Candé Salles, o documentário, lançado no ano passado, conta detalhes da história de João de Deus e mostra cenas do médium atendendo pacientes no seu centro espiritual na cidade de Abadiânia, em Goiás.
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COMENTÁRIOS POLÊMICOS
O jornalista Fábio Pannunzio, do Jornal da Noite, da Band, causou polêmica ao insinuar que algumas das 500 mulheres que denunciaram o médium João de Deus podem estar mentindo em suas acusações. A declaração foi feita na edição desta segunda-feira (17) do telejornal.
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Agora, nesta terça (18), ele voltou a se manifestar sobre o assunto e fez um novo desabafo. “Na edição de ontem, fiz um comentário que rendeu muita polêmica na internet e comentários negativos. Eu disse ontem que duvidava que mais de 500 mulheres teriam denunciado o médium João de Deus”, iniciou.
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“Ressalvando que em nenhum momento eu quis defender o comportamento degenerado desse homem. Mas eu trago aqui um dado da Força Tarefa, que é a responsável pelas investigações: De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público e da polícia de Goiás, esses 506 contatos recebidos até agora não são propriamente denúncias como disse o repórter, muitos deles tratam de outras questões”, disse.
“E não se sabe ainda, exatamente, o número de vítimas que se apresentaram. Até agora seriam 45 em Goiás e 40 em São Paulo, 85 portanto. Ainda que fossem uma, duas ou três, essas denúncias são gravíssimas e o comportamento dele é abominável, inaceitável”, ressaltou.
“Mas apesar do número exagerado, principalmente questionável, não vai aumentar o número da pena ou do escândalo, muito menos ajudar a entender como agiu João de Deus”, finalizou, sem voltar atrás ou pedir desculpas pelo que disse no dia anterior.