Reportagem expôs o caso de jovem que perdeu todo seu cabelo durante a aplicação de produto em escova progressiva; situação trágica foi parar na Justiça
Em março de 2022, o Jornal da Record trouxe um caso chocante ao público. Na época, apesar de ter sido proibido pela Anvisa, o formol vinha sendo utilizado com fins estéticos para alisamentos – e, este ano, continua sendo, de forma ilegal.
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“Apesar de ter uso proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o produto ainda é utilizado em quantidade exagerada no alisamento de cabelo. A substância tóxica pode provocar diversos danos à saúde, inclusive o câncer”, disse o apresentador Celso Freitas.
Para quem não viu, o Jornal da Record expôs a situação envolvendo Yasmin Emanuela de Oliveira Souza, na época com 10 anos de idade. Ela havia feito uma escova progressiva com uma cabeleireira, mas o excesso de formol acabou fazendo com que perdesse todo seu cabelo.
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Segundo o noticiário, a menina passou mais de 21 dias internada, recebendo medicações fortes e drenagem no couro cabeludo para controlar uma infecção grave. “Por muito pouco, ela não perdeu a visão”, disse o pai da jovem, José Flávio de Souza, que levou o caso à Justiça.
No portal do Ministério da Saúde, a Anvisa divulgou uma série de informações sobre o que motivou a proibição. “O formol é considerado uma substância cancerígena, enquadrando-se no grupo 1, ou seja, com fortes evidências de carcinogênese em humanos e em animais”, disse.
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“A legislação permite que os produtos cosméticos capilares contenham uma concentração de apenas 0,2% de formol como conservante, durante o processo de fabricação. Qualquer adição em produtos já prontos não é permitida, acarretando riscos”, acrescentou o comunicado.
“Para atingir o efeito alisante, o formol deveria ser empregado em concentrações maiores, o que é totalmente vetado. Ademais, a aplicação conjugada ao uso de recursos térmicos promove a evaporação do produto, provocando irritações cutâneas, oculares e respiratórias”, justificou.
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Qual o trabalho da Anvisa?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária é responsável por estabelecer regras e dar suporte para todas as atividades da área no Brasil. Além do comércio, o órgão ainda trabalha nos cuidados e fiscalização em portos, aeroportos e fronteiras, seguindo as normas da lei.
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