Exemplos de músicos que se envolvem com drogas não faltam na história recente da música, seja ela nacional ou internacional. O ápice da polêmica em torno do assunto foi no século passado, e muitos artistas experimentaram drogas ilícitas por curiosidade ou por apoio ao movimento de contracultura.
Odair José, um dos maiores nomes da música brasileira, admitiu no programa Conversa com Bial que já se envolveu com drogas em um período difícil de sua vida. O estopim foi a rejeição ao álbum O Filho de Jesus e Maria, que fugiu de sua linha popular para algo mais conceitual e acabou desagradando muitos setores da sociedade por suas letras com referências polêmicas à religião.
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“Eu achava que estava fazendo um grande disco e eu acho que acertei. Hoje, eu tenho certeza disso porque eu estava saindo da mesmice e eu acho que quem repete fórmulas não faz arte, faz negócio, e o artista tem obrigação de fazer arte“, argumentou.
O ator ficou sem estruturas com toda a história, que fez com que sua carreira jamais voltasse ao patamar do que já fora outrora.
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“Parece que cometi o maior pecado da minha vida. Eu fiquei meio desorientado. A propaganda que tinha na mídia dos shows era: ‘Não vá’. Era um fracasso, e as pessoas me paravam nas ruas e colocavam o dedo na minha cara dizendo: ‘Como é que faz isso?’. A igreja ameaçou de me excomungar. E o disco só saiu com 10 músicas porque a censura proibiu todas as outras. Isso mexeu muito comigo, não tive estrutura e a coisa desandou“, disse.
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Odair, no entanto, revelou que deu a volta por cima e largou de lado as drogas: “Era para eu estar morto há muito tempo, mas eu casei com uma pessoa que, aos poucos, foi me colocando na linha. Hoje eu sou um careta chato. Eu tive que me cuidar porque senão eu não estaria aqui para contar essas histórias”, contou.
O cantor ainda falou sobre a censura que sofreu durante a Ditadura Militar, que censurou algumas de suas músicas. Uma delas foi Pare de Tomar a Pílula, que criticou a campanha do governo, que distribuía anticoncepcionais. Em Eu Vou Tirar Você Desse Lugar, o cantor falava do amor por uma prostituta, o que desafiava a moral e os bons costumes.
“Eu era visto como um transgressor dos bons costumes, da moral e, tudo que eu fazia, eu tinha que mudar a letra, não era aprovado. Fizeram uma carta para uma gravadora para que não gravassem comigo porque eu era uma péssima influência para os jovens, que eu era um cara imoral. Eu acho que a grande imoralidade tá no cara ficar falando coisas que ele pratica“, revelou.