“Cara e Coragem”, faz jus ao nome.
A nova novela das sete da Globo, é a nova aposta da emissora em um cenário pós-pandemia. “Cara e Coragem”, promete colocar o dedo na ferida e escancarar um tema espinhoso do atual governo Bolsonaro: A legalização de armas. Claudia Souto, autora da trama também promete seguir a linha de comédia leve que o horário pede.
As alfinetadas ao governo Bolsonaro serão expostas de forma leve para não espantar o público mais conservador e quem está acostumado com tramas mais leves no horário das sete da Globo. “Cara e Coragem”, dará cutucadas para que o cidadão reflita sobre temas do nosso cotidiano.
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“É um equilíbrio delicado. Confesso que é uma tentativa, não tenho uma bola de cristal. O que trago é meu olhar sobre o mundo e de que forma posso botar na roda discussões sérias, mas de uma maneira leve. Por exemplo, um tema que tem na novela, que está super subliminar e envolto em uma aura de aventura, e está todo dia no noticiário: o apoio à ciência e a legalização da armas, os benefícios que o governo atual tem feito par a facilitar o acesso a elas”, contou Claudia Souto em entrevista ao Notícias da TV.
Em “Cara e Coragem”, Clarice (Taís Araújo) é uma empresária que investe dinheiro em uma pesquisa com o objetivo de ajudar a medicina. Seu principal cientista, Jonathan (Guilherme Weber), descobre uma fórmula de magnésio que pode ser usada para salvar a vida das pessoas, mas ao mesmo tempo se ela for adaptada, também pode servir para a produção de armas, algo discutido na atualidade com as facilidades do governo Bolsonaro.
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INSPIRAÇÃO NO CINEMA
De acordo com Claudia Souto, a personagem de Taís Araújo fez uma pesquisa para conseguir desenvolver a fórmula secreta durante dois anos e para encaixar isso em “Cara e Coragem”, ela decidiu se inspirar em filmes de ação e aventura e por isso surgiu a ideia de abordar a vida dos dublês, algo inédito na teledramaturgia.
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Pat (Paolla Oliveira) e Moa (Marcelo Serrado), são dublês de ação que serão contratados por Clarice para recuperarem o documento, que estará dentro de uma pasta que será perdida em um local de difícil acesso na nova novela das sete da Globo.
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“Não vou abordar isso em uma novela das sete de uma forma totalmente dramática. É um assunto que vem com uma aura de Indiana Jones. Mas o tema é sério, está influenciando nossa vidas. O mesmo governo que aprova a facilitação de obter armas, nos privou de compra de vacinas, e tivemos mais de 600 mil mortos [na pandemia]. A minha mãe foi uma das vítimas. Então não vou trazer o drama real que passamos com isso, mas vou botar uma pulguinha atrás das orelhas da pessoas: o que é mais importante? Salvar vidas ou matar? Armas só têm função de matar”, refletiu Claudia Souto.
“Tem assuntos delicados que vamos colocar na roda, mas sempre procurando dar uma leveza. Nosso fotógrafo falou de uma opção que fizeram e achei ótimo. Quando o assunto é de mistério, ou denso, existe um colorido na cena, uma luz, para que esses assuntos mais pesados não fiquem sombrios demais. Mas tratemos deles. A vida é isso, tem o riso e o choro”, resumiu a novelista, ansiosa para ver sua história no ar, que estreia na próxima segunda-feira (30), no lugar de “Quanto Mais Vida, Melhor!”.