Carla Vilhena esclarece polêmica com Maju Coutinho

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Carla Vilhena comandou o Jornal Nacional (Reprodução)

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Carla Vilhena esclareceu a polêmica envolvendo um comentário feito por ela sobre Maju Coutinho. A jornalista relembrou também quando era obrigada a alisar o cabelo para comandar telejornal na Globo

Carla Vilhena é uma das jornalistas de maior experiência da televisão brasileira. Com anos de carreira, a jornalista já ocupou bancadas de grandes telejornais, como o Jornal Nacional e o Jornal Hoje, na Rede Globo. Carla, no entanto, virou assunto ao fazer uma crítica para Maju Coutinho.

Maju noticiava a morte de Jorge Fernando e na reportagem o diretor era relembrado por seu bom humor. Ao retornar para Maju, a jornalista estava com um sorriso no rosto após ver algumas caras e bocas feitas por Jorginho. Ao ver, Carla usou suas redes sociais para dar uma dica à colega. “Sobre a matéria da morte de Jorge Fernando (a quem eu admirava como ator e diretor): Por mais que ele tenha sido divertido em vida, está morto. Repórter, não precisa rir tanto. Apresentadora, vamos evitar rir depois das cenas de arquivo, enquanto lê a frase ‘o corpo do diretor'”, postou.

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Com a postagem, Carla virou alvo da ira dos admiradores de Maju e acusada de racismo. Em entrevista ao TV Fama, da RedeTV!, Carla quebrou o silêncio e disse que sua crítica foi só uma dica. “Eu acho que nesse momento, em que eu comentei estritamente sobre uma postura que eu detectei e que não é o que eu passo para os meus alunos. Eu acho que eu errei, sim. Eu acho que eu errei em não ter a percepção de quem eu estava falando. Eu não estava falando de uma pessoa qualquer, eu estava falando de uma pessoa que é um símbolo e que é um símbolo para muitas outras pessoas que se espelham nela como um modelo a ser seguido. Então, eu não quero nunca, jamais faria algo para magoar uma pessoa. Eu aprendi uma lição e essa lição é a de que eu sou tão não racista que eu não atentei para a cor de uma pessoa, não atentei para todo o passado que houve de ataques a essa pessoa”, disparou.

A jornalista relembrou também momentos complicados que ela passou em seu período na Rede Globo, tendo que alisar o cabelo por ordens da direção de jornalismo. “Algumas pessoas que me acompanharam se lembram, por exemplo, da reação contra meu cabelo, que é crespo. Meu cabelo é completamente crespo e eu tentei usar o meu cabelo várias vezes naturalmente e nunca fui permitido. Teve uma vez que foi ainda no antecessor, do antecessor, do diretor de jornalismo que proibiu, ele vetou realmente, expressamente, que eu não poderia usar meu cabelo natural. Quando eu entrei no Jornal Hoje eu tentei, depois no SPTV houve também uma nova tentativa e essa tentativa também foi vetada. Eu cheguei aqui em São Paulo, por exemplo, sendo carioca, para apresentar jornal local de São Paulo. Então alguém imagina o que foi a reação, por exemplo, ao meu sotaque. Ter passado por tudo isso e sobreviver e estar aqui até hoje, e com a idade que eu tenho, tendo trabalhado praticamente toda a minha vida. Eu trabalhei em vários jornais locais, como eu trabalhei em vários jornais de rede sem ter nenhum tipo de ajuda, de empurrãozinho. Eu ter chegado até aqui foi um milagre”.

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Nos 50 anos do Jornal Nacional, alguns jornalistas foram convidados para uma festa organizada pela Rede Globo. William Bonner, Fátima Bernardes, Sérgio Chapelin e Cid Moreira marcaram presença, mas alguns nomes que passaram pela bancada foram ignorados e não receberam um convite, como Carla. “Não fui convidada, como outras pessoas que também saíram não foram convidadas. Engraçado que eu fui chamada para gravar um depoimento sobre um história a qual eu participei. Dentro desse depoimento eu tive a companhia de outras pessoas que também não foram convidadas, mas isso é passado. Isso é uma coisa que eu acho que dentro do coração do público. O público sabe quem fez parte dessa história”, explicou.

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Autor(a):

Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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