Carlos Alberto de Nóbrega desabafou sobre as mudanças em seu programa no SBT e admitiu estar insatisfeito com a atração
Carlos Alberto de Nóbrega não está muito feliz com o novo formato de seu programa no SBT, ‘A Praça é Nossa‘. A tração, que agora segue com apenas dois bancos, distanciamento e piadas sem risada, tem deixado o apresentador um tanto quanto insatisfeito.
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Em conversa com o F5, da Folha de São Paulo, Carlos Alberto de Nóbrega, de 84 anos, comandante do programa no SBT, há quase 35 anos, admitiu ter levado um susto quando retornou à atração.
Segundo o apresentador, quando ele conseguiu retornar aos estúdios da emissora de Silvio Santos ficou surpreendido com uma série de mudanças. Embora necessárias, na avaliação do humorista, as alterações prejudicaram o clima do programa.
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“Foi muito difícil, pois existem protocolos rígidos a serem seguidos. Só que isso tira muito do clima gostoso que tínhamos, da alegria e das brincadeiras. Está tudo diferente. Isso me atrapalhou muito. Sinto falta do calor humano e das risadas que nos ajudavam”, disse o humorista.
Carlos Alberto de Nóbrega conta que sempre começa as filmagens contracenando com o humorista Matheus Ceará. Porém, não tinha as risadas da plateia, nem as gargalhadas colocadas para conduzir as esquetes e dar ênfase aos momentos de graça.
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DIFICULDADES
“Ninguém pode imaginar o quanto eu senti. O riso é o aplauso do comediante. Fiquei apavorado. Não tínhamos artistas nem para completar os 72 minutos no ar que eu tenho na programação”, desabafa. A questão das risadas, diz ele, já foi solucionada.
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No entanto, outra dificuldade relatada pelo humorista é acertar a mão nas piadas em plena pandemia: “O humor na TV aberta está indo para o buraco. Acabaram os caras engraçados. A gente já luta contra o politicamente correto. Hoje tudo é agressivo, preconceituoso”, diz o artista
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Mais um fator bastante sentido por ele foi o distanciamento. A partir de agora, todos têm um camarim próprio cujas portas ficam abertas o tempo todo. Nóbrega também não pode mais passar o texto com cada comediante como era de praxe.
NOVIDADES
Dessa forma, a dinâmica de A Praça É Nossa, os estúdios recebem menos câmeras e cada comediante entra sozinho para ficar ao lado de Nóbrega. Nesse retorno de inéditos, a audiência tem sido em torno de seis pontos na Grande SP (cada ponto do Kantar Ibope equivale a cerca de 76 mil domicílios). E o apresentador conta que começou a chamar gente de fora para incrementar o humorístico.
Entre as novidades estão os humoristas de stand-up comedy Mhel Marrer e Cris Pereira. A participação de ambos tem agradado ao comandante que quer inovar ainda mais o elenco. “Queria trazer o Moacyr Franco, conversei com ele, mas o financeiro não encaixou. Convidei Fábio Rabin, mas não rolou por algum motivo. O ruim de parar é que na volta o público quer novidades e os quadros antigos ao mesmo tempo.”