O humorista Carlos Alberto de Nóbrega foi um dos convidados deste sábado (06) do programa Altas Horas, que foi ao ar na tela da Globo. Na atração, ele falou de tudo, dando detalhes sobre a sua bem-sucedida carreira como humorista e também sobre o que virou o gênero na atualidade. Para Serginho Groisman, o veterano contou que atualmente está difícil conseguir levar humoristas para a TV, e ainda revelou que nunca pensou em fazer outras coisas.
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“É muito difícil. Está mais na internet. E uma pena que eu sinto é que o pessoal que está fazendo a TV fechada, a gente não está conseguindo trazê-los. Porque é outro palavreado, é outra maneira de fazer humor. E eu adoro, eu assisto a todos eles. Mas na ‘Praça’, especificamente, não teria espaço […] Eu tenho paixão pelo que eu faço. Acho que o dia mais gostoso da semana é a quarta-feira, quando eu gravo“, contou ele na atração.
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A Praça é Nossa, na opinião dele, é o último programa “raiz” da TV aberta. “O humor mudou, a televisão mudou, o mundo mudou. A minha sorte é que quando eu perdi todos aqueles ícones do humor, eu tive uma grande dificuldade em repor, mas o stand-up me ajudou muito. O Marcelo [filho de Carlos Alberto], que dirige o programa, saía procurando esse pessoal. Se a pessoa é engraçada em pé, sentada também vai ser”, revelou.
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Sobre ser “escada” para novos profissionais, Carlos Alberto revelou não se importar. “(O escada) é muito importante, porque ele tem que ser humilde, mas por dentro também. Tem que saber que o engraçado… no meu caso era o Golias! Quanto melhor eu estivesse vestido, quanto melhor fosse o meu português, mais engraçado seria o Golias com aquela roupa, com as besteiras que ele falava. Com os ‘Trapalhões’ foi a mesma coisa”, disse.
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HUMORISTA REVELOU COMO NASCEU A PRAÇA É NOSSA
Na época, o programa se chamou “Praça da Alegria”, e nasceu como uma homenagem a Manoel da Nóbrega. “Começou na TV Paulista, que hoje é a TV Globo. E a ‘Praça’ voltou também por causa da Globo. Quando fez um ano da morte do meu pai, eu trabalhava na Globo, fazia ‘Os Trapalhões’ e pedi para o Boni se podia fazer uma homenagem para ele, uma missa assim, botar no ‘Jornal Nacional’”, revelou.
“Boni disse: ‘Não, não, o Nóbrega era uma pessoa muito alegre, você é muito amigo do Chico Anysio, fala com o Chico para ver se ele dá um bloco do ‘Chico City’ para você fazer a ‘Praça’.’ Eu fui na casa do Chico e o diretor era o (Carlos) Manga, meu mestre, que me ensinou o que eu sei de direção. O Chico falou: ‘Não, vamos fazer o programa inteiro’. Nós fizemos o programa inteiro”, prosseguiu Carlos Alberto.