Após dias de silêncio, finalmente Carlos Alberto de Nóbrega se manifestou e falou sobre a demissão do amigo de 61 anos, Moacyr Franco, do SBT.
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Carlos Alberto compareceu à Câmara dos Vereadores de São Paulo nesta segunda-feira (27) para receber uma homenagem pelos 30 anos de “A Praça É Nossa”. Lá, falou sobre a saída de Moacyr do canal de Silvio Santos.
Melancólico, ele disparou: “É a vida. Amanhã sou eu. No dia em que a ‘Praça’ não der mais audiência e não entrar mais dinheiro, eles têm todo direito de parar comigo. Vão respeitar o meu contrato, porque não sou igual a eles, tenho contrato. Mas isso é uma coisa que eu nem sonho, porque eu quero morrer trabalhando”, disse Carlos.
E acrescentou, ao sentar-se no plenário da Câmara: “Eu estava muito preocupado com o que ele pensasse. Minha preocupação não era com que os críticos pensassem, porque minha consciência está tranquila. Eu queria que o meu amigo de 61 anos me entendesse”.
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Carlos continuou: “A educação e o respeito que a direção teve com ele em relação à minha amizade foi muito grande. Eu estava muito preocupado, e a única coisa que eu pedi foi que eu não iria dar a notícia para ele. [A demissão] foi necessária, dentro dos padrões da empresa, mas ele entendeu e eu estava muito preocupado que ele não fosse entender”, contou.
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Ainda sobre a dispensa de Moacyr, Carlos comentou: “[A demissão] não afeta o programa, e sim a emissora, porque se meu programa dá 1 milhão de lucro, há três que dão 1 milhão de prejuízo. Mas não pode tirar os programas do ar. Tem que haver uma compensação. Silvio Santos pensa na emissora. O diretor artístico, na programação. E eu penso na ‘Praça’. O meu problema é a ‘Praça'”, disse.
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Sobre a relação de amizade que já dura 61 anos com Moacyr, Carlos revelou: “Eu sou muito grato ao Moacyr. Ele levou meu pai até a Tupi do Rio para ver se arrumavam um trabalho para ele. Falei para o Marcelo que, enquanto eu estiver na ‘Praça’, o Moacyr vai entrar quando ele quiser, vem na hora que quiser, se quiser gravar grava, porque sou eternamente grato”, disse.
E completou: “Quando meu pai teve um câncer, a primeira pessoa que chegou em casa para levar comida macrobiótica foi ele. Essas coisas não há dinheiro que pague. Fora o talento que ele tem. Ele tem um talento fora do normal. Ele é um gênio. Só quando ele morrer, vão dizer: ‘Morreu um gênio’. Porque ele canta muito bem, ele é um poeta, ele é engraçado, ele escreve humor bem, ele é criativo”.