Padaria n.º1 e açougue popular viram alvo da Vigilância Sanitária após uma série de irregularidades encontradas, as quais poderiam trazer sérios riscos de contaminação
Ao longo de 2024, a Vigilância Sanitária intensificou suas fiscalizações e muitos casos envolvendo grandes empreendimentos acabaram chocando milhares de consumidores.
Entre eles, temos em destaque os casos de um açougue popular e uma padaria de referência, ambos amplamente frequentados.
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Fatalmente, as operações expuseram graves irregularidades que colocavam em risco a saúde pública.
As causas variaram desde carnes contaminadas com larvas até pão com riscos de conter fragmento de cimento, resultado de obras em andamento na padaria.
Sendo assim, a partir de informações contidas no G1 e no portal oficial da Prefeitura de Maceió, a equipe especializada em fiscalizações e produtos do TV Foco traz mais detalhes sobre ambos os casos e seus desfechos:
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Carne com larvas:
Em agosto de 2023, a Vigilância Sanitária de Guaraí (TO) apreendeu mais de uma tonelada de produtos impróprios para consumo humano em um açougue popular.
Denúncias de consumidores sobre irregularidades no local motivaram a operação.
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Produtos apreendidos:
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- 767,645 kg de carnes bovinas e suínas.
- 205,32 kg de linguiças.
- 63,685 kg de cortes de frango.
- 131 kg de produtos pré-prontos (lasanhas e pizzas).
- 20 kg de batatas congeladas.
Irregularidades constatadas:
- Higiene precária: Presença de baratas e más condições sanitárias.
- Produtos contaminados: Algumas peças de carne continham larvas, e outros estavam em estado de decomposição.
- Conservação inadequada: Além disso, produtos perecíveis armazenados estavam fora da temperatura ideal.
- Produtos vencidos: Alimentos com embalagens danificadas ou datas expiradas.
Por fim, todo o material foi descartado em um aterro sanitário, e o estabelecimento teve que permanecer interditado até que corrigissem suas irregularidades.
Nesses casos, as multas podem variar de R$ 672,50 a R$ 4.707,50.
Riscos à saúde: Consumir carnes fora dos padrões estabelecidos pela ANVISA ou sem o aval da Vigilância Sanitária pode causar intoxicações graves por:
- Salmonella;
- Escherichia coli;
- Outros agentes patogênicos.
O que pode resultar em problemas como insuficiência renal ou neurológica.
Como o estabelecimento não foi devidamente identificado, não foi possível encontrar manifestações ou declarações sobre o ocorrido.
Pão com cimento?
Por fim, em novembro de 2024, a Vigilância Sanitária de Maceió interditou uma padaria localizada no Conjunto Salvador Lyra, Tabuleiro do Martins.
A denúncia inicial apontava sérios riscos de conter fragmentos de cimento nos pães, resultado de uma obra de construção ativa enquanto o local seguia operando.
Além disso, a ação constatou irregularidades graves, como:
- Equipamentos enferrujados;
- Ausência de boas práticas de fabricação;
- Falta de segurança na manipulação de alimentos.
Tais problemas configuram risco iminente à saúde dos consumidores por comprometerem a segurança dos produtos vendidos.
Além disso, o estabelecimento operava sem documentação obrigatória, como o alvará sanitário e o certificado de controle de pragas:
“Além das condições precárias do ambiente, o estabelecimento vinha funcionando sem a documentação exigida pela legislação. Esses aspectos fundamentaram a interdição do local, pois representavam um risco direto para os consumidores” — Afirmou Airton Santos, chefe especial da Vigilância de Maceió.
Os riscos para o consumidor:
As irregularidades encontradas também representam ameaças reais à saúde de quem consome esse tipo de produto.
- Equipamentos enferrujados: Podem contaminar alimentos com resíduos metálicos ou micro-organismos nocivos;
- Ausência de controle de pragas: Aumenta o risco de infestação por insetos e roedores, conhecidos vetores de doenças graves;
- Falta de boas práticas de manipulação e “nojeira”: Falta de higiene pode levar à contaminação cruzada entre alimentos, resultando em intoxicações alimentares ou infecções mais graves, como salmonelose e hepatite A.
“A saúde do consumidor está diretamente ligada à forma como os alimentos são manipulados. Negligências nesse processo podem resultar em problemas de saúde que, em alguns casos, demandam intervenção hospitalar” — Alerta Santos.
Consequências e medidas
A Vigilância Sanitária interditou e autuou o estabelecimento não identificado.
O proprietário teve que responder a um processo administrativo, onde as multas podem variar de R$ 180 a R$ 38 mil em casos de reincidência.
Além disso, o estabelecimento foi obrigado a permanecer fechado até atender a todas as exigências da legislação.
Devido à falta de identificação do estabelecimento, notas oficiais e manifestações não foram encontradas.
Sendo assim, não foi possível saber se o estabelecimento conseguiu regularizar a situação ou não.
Qual é a recomendação que a Vigilância Sanitária dá aos consumidores quanto aos estabelecimentos interditados?
A Vigilância Sanitária reforça que os consumidores também devem estar atentos à procedência dos alimentos que consomem:
“A fiscalização é essencial, mas a conscientização dos consumidores é um passo importante para reduzir os riscos”.
Considerações finais:
Em suma, a Vigilância Sanitária intensificou as fiscalizações em 2024, expondo graves irregularidades em um açougue e uma padaria.
Ambos os estabelecimentos foram interditados após encontrarem produtos contaminados, condições insalubres e falta de documentação.
Por fim, as irregularidades encontradas representam um sério risco à saúde dos consumidores, com potenciais de contaminação por bactérias e outros patógenos.
Mas, para saber sobre outras interdições da Vigilância Sanitária, clique aqui.*
Veja mais detalhes do caso no vídeo abaixo: