Açougue tradicional se envolve em um verdadeiro escândalo. O local chegou ao fim após ter sido encontrado carne podre, o que levou o estabelecimento a ser interditado pela Vigilância Sanitária e até mesmo chegar a falência
Gerir uma empresa não é uma tarefa nada fácil. Isso porque, uma série de fatores podem levar até mesmo um grande empreendimento a ruir. Dessa vez, por exemplo, falaremos sobre um açougue tradicional que chegou ao fim e teve até mesmo sua falência decretada, após um verdadeiro escândalo envolvendo a venda de carne podre.
Em dezembro de 2023, um açougue tradicional em Cuiabá especializado na venda de peças nobres, teve sua falência decretada pelo tribunal de justiça. Segundo o portal ‘Folha do Estado’, a casa de carnes acumulava uma dívida de R$ 2 milhões e sofreu um duro golpe em sua reputação no começo de 2023 após os escândalo envolvendo a carne estragada.
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Interdição da Vigilância Sanitária
Acontece que a Vigilância Sanitária revelou a presença de 825 kg de carne estragada no local. O caso com a interdição do estabelecimento ocorreu em janeiro de 2023, quando fiscais realizaram uma ação no estabelecimento e apreenderam os produtos de origem animal, incluindo carne bovina, de frango e linguiça, podres, segundo o portal ‘Folha MAX’.
O órgão disse que o açougue comprava carcaças, fazia o processo de desossa e acondicionava as carnes em embalagens com sua própria marca de maneira irregular. O que foi um tremendo escândalo envolvendo a marca, que até então, era uma verdadeira referência entre os consumidores, no entanto, a situação levou muito receio a população.
Recuperação judicial
Seus problemas já vinham antes do escândalo. Ainda em novembro de 2022 o açougue tentou sobreviver por meio de uma recuperação judicial. Nessa época as dívidas chegavam a R$ 1,9 milhão. Segundo o portal Olhar Jurídico, a Casa de Carnes Vargas listou todos os seus credores e enviou à juíza da 1° Vara Cível de Cuiabá, Anglizey Solivan de Oliveira, no dia 24 de novembro de 2022.
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Prazos e objeções contra relação de credores e ao plano foram estipulados pela magistrada. Só de dívidas trabalhistas ela possuía mais de R$ 30 mil, fora os R$ 60 mil com empresas e 1,8 milhão de reais com bancos e fornecedores. Inclusive bancos como Bradesco, Caixa Econômica, Energisa, BRF e Itaú estavam entre os credores do açougue.
A juíza deu um prazo de 30 dias aos credores para se manifestar contra essa tentativa de recuperação.
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Falência
Segundo a fonte, no dia 08 de dezembro de 2023, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira, cravou que a Casa de Carnes Vargas não tinha capacidade financeira para quitar suas dívidas. Mesmo um dos credores tendo proposto o arrendamento da massa falida para manter o açougue, a juíza considerou que a medida beneficiaria somente a parte interessada.
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Assim, a juíza concluiu que o processo da Casa de Carnes Vargas seria convertido em falência. Vale lembrar que, com a declaração de falência, os bens da empresa são liquidados para pagamento dos credores, de acordo com uma ordem prioritária que privilegia primordialmente os trabalhadores e os tributos federais.
Vale dizer que, até o momento não foram encontradas notas oficiais, tampouco manifestações da empresa a respeito dos ocorridos, porém, o espaço continua em aberto para que a mesma possa expor sua versão dos fatos.
A Casa de Carnes Vargas
Açougue de carnes nobres, a Casa de Carnes Vargas começou os seus trabalhos em dezembro de 2016, sendo a primeira empresa da família no ramo do varejo das carnes. O objetivo da empresa sempre foi transformar a marca “Carnes Vargas” num selo de qualidade na percepção do consumidor.
Como denunciar um estabelecimento em más condições sanitárias?
Segundo o portal do ‘Centro de Vigilância Sanitária’, você deve reportar sua denúncia ao órgão de vigilância sanitária do seu município. Procure o contato da Rede Municipal de Saúde e do Departamento de Vigilância Sanitária da sua cidade. A acusação pode se dar por telefone, carta ou e-mail denunciando o problema.
Vale destacar que, todos os estabelecimentos, como restaurantes, padarias, supermercados, devem seguir uma rigorosa lista de normas referentes à higiene, sendo:
- Cuidados com higiene pessoal
- Cuidado com a manipulação dos alimentos
- Armazenamento e descarte dos alimentos
- Higiene do ambiente e dos equipamentos, entre outros.