O comentarista esportivo Casagrande foi um dos convidados do programa Altas horas deste sábado (29). Na atração apresentada por Serginho Groisman, o homem falou sobre a eterna luta contra as drogas e revelou uma história sobre sua contratação. Ele contou que quando foi contratado pela Globo já era um usuário de drogas.
“Eu tenho uma admiração, uma consideração muito grande pela TV Globo porque eu entrei em 1997 e já era usuário. Não tinha tido problemas ainda, mas começou a evoluir. E quando eu sofri o acidente (de carro) em 2007 e fiquei internado um ano, achei que era o fim da minha vida. Aí o Marco Mora, que é um ex-diretor da TV Globo, foi lá com a pessoa do RH, e falaram para mim assim: ‘Casão, é o seguinte, está tudo certo. Pensa só em se tratar, quando sair você vai recomeçar, o contrato está valendo, não vai acontecer nada, pode ficar tranquilo’“, relembrou.
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Casão falou sobre o preconceito sofrido pelos usuários de droga. “O dependente químico é um dos primeiros da lista de preconceitos. A sociedade não sabe ou não entende ou ainda não é esclarecida que a dependência química é uma doença. A grande maioria acha que é um marginal: ‘Pô, vai trabalhar que você para de usar droga’. Isso não é real. No meu caso, no final, antes de eu ser internado, eu não queria mais e não conseguia parar“, disse.
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O contratado da Globo ainda relembrou o episódio em que falou sobre o drama em rede nacional na final da Copa do Mundo. “Veio de dentro eu contar essa história. Pô, cara, eu voltei sóbrio para a minha casa, para os meus filhos. Acabou! Eu quero saber daqui para a frente, o que eu vou ser daqui para a frente. O que eu fui daqui para trás, todo mundo sabe… Eu sou daquele momento para frente”, iniciou.
“Para mim é muito importante que as pessoas saibam que eu não tenho mais drogas, eu tenho outras coisas, eu tenho música, eu queria cantar que nem os dois [Jeniffer Nascimento e Emilio Dantas, que também estavam no Altas Horas], mas eu consigo produzir”, concluiu.
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