Chegou o último dia de 2018, que passou voando para muita gente, mas a verdade seja dita: foi um ano bastante agitado no mundo artístico e da televisão. O TV Foco trabalhou intensamente para trazer as melhores notícias, mas houve aquelas que muita gente torceu para que pudessem ser publicadas, mas infelizmente não se concretizaram.
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Porém, vamos exercitar agora toda a nossa imaginação para citar aqui dez notícias que não demos em 2018, mas que ficaremos na torcida para que possam ocorrer de fato no ano que está chegando:
– Neymar e Bruna Marquezine reatam namoro e anunciam casamento
Neymar e Bruna Marquezine formaram um dos casais mais icônicos do universo dos famosos nos últimos anos. Bastante influentes nos meios onde atuam, eles contaram com a torcida de muita gente e agitaram seus milhões de fãs, até fora do país. Porém, nesse mesmo período, houve muitas idas e vindas.
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A distância, rumores de traição e até de divergências políticas, causaram a separação do casal, a última delas em outubro. Mas as reaproximações que tiveram indicam que eles realmente têm uma atração forte um pelo outro.
Portanto, nada mais satisfatório para os fãs do que presenciarem um retorno do casal no próximo ano. Mas para colocar um ponto final nessa relação “bumerangue”, o ideal seria que eles não só anunciassem a volta, mas também oficializassem a união com um grandioso casamento, que certamente pararia o país.
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– Artistas fazem trégua por fim de guerra política e ideológica
Poucas vezes na história se viu uma guerra política e ideológica tão intensa no Brasil como ocorreu neste ano. A população teve que escolher um de dois lados opostos: os conservadores e os progressistas, algo que se estendeu para o universo político.
Muitos artistas, que até então se mantinham mais isentos em assuntos como esse, surpreenderam ao se tornarem praticamente militantes, comprando briga com o lado oposto e até com outros colegas. E os rumores de que, após as eleições, haveria, principalmente na Globo, uma ala de estrelas que estaria promovendo boicote contra os colegas que apoiaram o presidente eleito é algo a se lamentar.
A Globo já parece ter tomado partido nessa guerra, mas divisões desse gênero não levam a absolutamente nada. Cada um tem o direito de expor suas opiniões políticas e ideológicas, mas tentar tomar, reduzir ou censurar completamente o espaço de quem pensa diferente, está longe de ser algo admirável, uma atitude hipócrita principalmente daqueles que tanto defendem a liberdade e a tolerância.
Torceremos então para que em 2019 haja algum tipo de trégua em relação a isso, não só entre os artistas, mas na sociedade de forma geral, porque a ideia de que “vivemos em uma democracia, mas você só será respeitado se concordar comigo” nunca colou.
– CQC retorna para mais uma temporada
No final de 2015, a Band decidiu cancelar o CQC após oito temporadas. Àquela altura, a TV brasileira enfrentava uma grave crise de audiência de modo geral, e o próprio programa havia naufragado. A reformulação na atração, que ocorreu no início daquele ano, não surtiu efeito.
O fato é que hoje, a TV aberta brasileira necessita de um programa como o CQC, mais do que nunca. A atração possuía um dos formatos mais criativos da televisão, realizando quadros que cobravam políticos e que discutiam diversos problemas da sociedade, sempre com seu humor inteligente.
O momento político aflorado e as discussões sociais que estão em evidência hoje no Brasil e no mundo tornariam o retorno do CQC bastante propício. Encontrar um elenco adequado poderia ser uma tarefa mais complicada, mas como se trata justamente de um exercício de imaginação, não custa torcer por uma nova temporada da atração.
– Pânico volta ao ar e aposta em antigo formato
Falando em retorno de programas, vamos citar um que pode gerar controvérsias. Nem todo mundo era dos maiores fãs do Pânico, e há aqueles que até comemoram o fim da atração em 2017, após 14 anos no ar. O fato é que o humorístico ainda possui uma grande base de fãs e tinha bastante repercussão nas redes sociais, mesmo em seus últimos anos, quando enfrentava uma crise de audiência.
É sempre uma tarefa complicada manter uma atração no ar por muito tempo sem realizar qualquer tipo de renovação. O Pânico, no entanto, fez isso de forma um pouco mais radical em sua transferência para a Band, e o novo formato que apresentou não chegou a cair no gosto do público.
Assim como no caso do CQC, a televisão brasileira precisa voltar a contar com aquela comédia mais audaciosa do grupo, e seria uma boa aposta o retorno da atração, seja na Band ou em alguma outra emissora, investindo em seu antigo formato, quando possuía um humor mais simples e irreverente, ganhando apenas uma repaginada.
Na prática, no entanto, seria outro caso complexo, uma vez que o elenco original acabou se dissipando. Mas a sugestão de repaginada incluiria justamente um time com novos humoristas, e talentos hoje na comédia é o que não falta.
Seria um equívoco dizer que o tempo do Pânico já passou. A marca ainda possui apelo nas redes sociais e entre o público jovem, que hoje representam uma grande importância para a televisão.
– Record encontra alternativa de temática para suas novelas do horário nobre
Depois do fenômeno de audiência com Os Dez Mandamentos, em 2015, a Record se apegou à produção de novelas bíblicas e não planeja largar essa proposta tão cedo. A temática, no entanto, já apresenta desgaste.
Desde o fim de Os Dez Mandamentos, a emissora realizou quatro novelas e não conseguiu resultados expressivos com nenhuma delas. Talvez o sucesso internacional e o receio de voltar a investir em tramas contemporâneas e obter resultados ainda piores é o que motiva o canal dos bispos a seguir apostando nas produções bíblicas. Mas se nem mesmo o folhetim atual, que retrata a história de Jesus, uma grande figura religiosa, conseguiu alavancar a audiência, que outro tipo de trama desse gênero poderá emplacar?
Também há a ideia de repetição, com o público tendo a impressão de estar assistindo sempre a mesma novela, mesmo com histórias diferentes. Existe o planejamento de produção de pelo menos mais duas atrações bíblicas, mas talvez seja hora da Record começar a pensar em uma alternativa de temática para suas atrações do horário nobre, pois a tendência é que haja um desgaste cada vez maior.
– André Vasco recebe grande oportunidade na TV aberta
No final do ano passado, a coluna Foco na TV destacou alguns apresentadores que, pelo seu carisma e boa desenvoltura diante das câmeras, mereciam mais destaque na telinha. E André Vasco foi um dos citados.
O apresentador de 34 anos hoje pode ser considerado um talento desperdiçado na televisão. Ele comandou programas no SBT e na Band, mas quase sempre com formatos frágeis e batidos ou apenas especiais.
Em 2014, apresentou o Sabe ou Não Sabe, onde andava pelas ruas e interagia com o público, que participava de um quiz que oferecia prêmios em dinheiro. Na atração, Vasco mostrou uma desenvoltura e um amadurecimento impressionante, atendendo a três requisitos essenciais para formação de um bom apresentador: carisma, bom discurso e jogo de cintura. Na última semana, ele acertou o seu retorno à Band, mas a princípio, apenas para comandar um show especial de fim de ano.
Vasco merecia a oportunidade de estar à frente de um projeto maior, podendo repetir o que ocorreu com Marcos Mion, que mudou de patamar ao ter a chance de comandar A Fazenda este ano, chegando a despertar o interesse da Globo. Vasco, aliás, tem um estilo que chega a lembrar o próprio Mion – os dois, inclusive, estrearam na televisão na MTV. Quem sabe em 2019 o apresentador também possa receber uma oportunidade do mesmo nível do seu ex-colega.
– SBT investe em atrações inéditas e decreta fim de reprises no horário nobre
Nos últimos anos, o SBT adotou uma estratégia questionável: reprisar suas novelas infantis de longuíssima duração no horário nobre apenas cerca de um ou dois anos após a exibição original e logo na sequência do seu folhetim infantil inédito.
Essa estratégia pode ser analisada por duas óticas: a dos executivos e da emissora, que obtêm bons resultados sem precisar de muito esforço e investimento, e a do público e da crítica especializada, que podem considerar essa estratégia “preguiçosa”, pouco audaciosa e que só contribuí para o empobrecimento da televisão brasileira.
De forma fria, é possível concluir que essa não é, de fato, uma atitude louvável do SBT. É sempre mais interessante para o telespectador acompanhar novidades na programação da emissora, ainda mais em uma das suas principais faixas de horário.
Seria injusto falar que o canal de Silvio Santos não faz o menor esforço para trazer algo novo no horário nobre, já que nos últimos anos até vem produzindo algumas séries como A Garota da Moto e Z4, mas as reprises “intermináveis” dos folhetins infantis acabam predominando. Para 2019, por exemplo, o SBT já anunciou que vai voltar a exibir Cúmplices de um Resgate, novela de mais de 350 capítulos, e que chegou ao fim originalmente há apenas dois anos.
É claro que também é preciso haver um pouco mais de rigor do público contra essa ação, que apesar das eventuais críticas – como ocorreu recentemente após o anúncio de mais uma exibição de Carrossel –, continua reforçando a audiência dessas reprises, permitindo que a emissora siga em sua zona de conforto.
O ideal seria que a partir do próximo ano, o SBT decidisse investir em mais conteúdo inédito no seu horário nobre; ao menos alguma novela, reality ou série estrangeira e inédita, que apesar de também não serem unanimidades, chegariam como algo novo na programação do canal. É necessário arriscar, e se errar, que seja por ação, e não por omissão.
– Geraldo Luís se reinventa no comando de novo programa
No quesito audiência, pode-se dizer que Geraldo Luís está praticamente consolidado na Record no comando do Domingo Show. Porém, o apresentador não conta com muito prestígio da emissora, principalmente pelo baixo faturamento do seu programa – ele quase saiu do ar, retornou, mas a atração sofreu grandes cortes.
Hoje, o Domingo Show se resume a matérias do apresentador “contando histórias”, mas que recebem uma grande dose de dramaticidade diante do sofrimento que os seus personagens enfrentam. E é justamente esse o seu principal problema.
A proposta dramática, assistencialista e de “exploração da desgraça alheia” é o que faz o dominical ser alvo de críticas severas e o que espanta os investidores. Mas isso não significa que o programa deva acabar de vez ou que Geraldo tenha que sair definitivamente do ar.
O apresentador tem suas habilidades: possui sensibilidade, dialoga com o grande público e tem características de um bom repórter, que sabe questionar os seus entrevistados e dominar as matérias. No entanto, precisa se reinventar em um novo formato. Pelas suas características, ele pode ser melhor aproveitado no comando de um programa dos moldes do Tamanho Família, da Globo, por exemplo, que une diversão e emoção sem apelação, ou em uma atração que aborde pautas mais investigativas (sem sensacionalismo), histórias curiosas e misteriosas, pelo Brasil ou pelo mundo, mas sem tratar do sofrimento alheio e com o assistencialismo.
Do ponto de vista humano, qualquer tipo de auxílio que visa melhorar a vida e a auto-estima do próximo é louvável, mas hoje parece ser algo pouco interessante para a televisão.
– Globo acerta formato para modernizar suas novelas sem afastar o público
Nos últimos anos, a Globo vem encarando um grande desafio ao encontrar a fórmula perfeita para modernizar o conteúdo das suas novelas sem afastar o público mais tradicional. O audiovisual sofreu uma transformação, e os espectadores passaram a ter mais contato com as séries, que geralmente possuem um conteúdo compacto, realista e com uma produção arrojada.
Dessa forma, as novelas hoje deixam a impressão de se tornarem um formato “ultrapassado”, que tradicionalmente não prezam pelo realismo e com tramas que se arrastam por centenas de capítulos. Assim, o público fica mais impaciente, e a emissora carioca passa a ser obrigada a rever a sua política no setor de teledramaturgia.
Nos últimos três anos, já é possível notar alguns experimentos, como os folhetins de menor duração, tramas um pouco mais complexas e realistas e com temáticas fantasiosas, como ocorre atualmente com O Sétimo Guardião.
Porém, ao mesmo tempo em que a Globo precisa apostar em produções desse tipo para investir no público mais jovem, que será a sua futura audiência, o novo estilo ainda parece sofrer uma certa resistência do público tradicional, o que gera todo esse dilema. Quando se investiu em tramas mais populares, como O Outro Lado do Paraíso, a audiência correspondeu, mas o folhetim não ficou imune às críticas intensas.
Assim, a emissora precisa encontrar logo uma maneira de ir se moldando às novas gerações sem perder o seu antigo público, e há uma certa pressa para que isso ocorra. 2019 pode ser o ano em que essa proposta finalmente começará a se encaixar.
– RedeTV! dá início à produção de séries e preza por qualidade
A RedeTV! nem sempre prezou por excelência e qualidade em sua programação. Tentando alcançar o seu espaço entre os gigantes da TV brasileira, o canal preocupava-se em abrir caminho com programas sensacionalistas e de qualidade e veracidade duvidosa, seguindo a máxima do “fale bem ou fale mal, mas fale de mim”, que convenhamos, é um conceito que já pairou por todas as emissoras brasileiras em algum momento, principalmente em seus momentos de maior desespero por audiência, mas que se ancorou no canal de Osasco.
E mesmo com essa fama negativa, a RedeTV! pretende se renovar, e seguirá a nova tendência de investir na produção de séries. A ideia da emissora é colocar esse plano em prática já no próximo ano, mas diante do seu histórico, fica a torcida para que haja um cuidado em realizar projetos que prezem pela qualidade.
Seria importante que o canal tivesse paciência para investir na produção de séries sem apelação barata e sem “mais do mesmo”, tendo ousadia suficiente para bancar projetos que tragam inovação e histórias e personagens bem construídos, algo que se tornaria o seu diferencial.