Cena que gerou polêmica em O Rico e Lázaro teve direito a efeitos de computação gráfica

17/11/2017 às 19h46

Por: Raquel Souza
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A novela "O Rico e Lázaro". (Imagem: Reprodução)

A novela O Rico e Lázaro. (Foto: Reprodução)

Apesar das emissoras não sofrerem mais com a proibição na hora de exibirem algum produto mais pesado na televisão em um horário mais cedo, o Ministério da Justiça continua reclassificando diversas novelas. Chegou a vez de O Rico e Lázaro sofrer um “puxão de orelha”.

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A trama bíblica da Rede Record perdeu o selo de 12 anos, como já informado. De acordo com informações da jornalista Patrícia Kogut, a Justiça determinou que o folhetim agora é “impróprio para menos de 14 anos”. E, se depender dos críticos, a decisão foi um acerto.

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Na noite desta última quinta-feira, 16 de novembro, O Rico e Lázaro surpreendeu a alguns telespectadores mais atentos durante  a decapitação de um dos personagens na novela bíblica. Na cena, Belsazar (Marcelo Arnal) é morto com um golpe de espada no pescoço por um soldado da Pérsia, tem a cabeça decepada e cai, jorrando sangue. Em seguida, o membro é visto separado do corpo.

Apesar da crueldade bastante realista, principalmente pelo grande trabalho da direção, a sequência dividiu opiniões, onde alguns acharam a cena inadequada para o horário. Edgard Miranda, diretor-geral da novela, contou que a cena demorou cerca de dois meses para ficar pronta –entre a gravação no Rio e a finalização dos efeitos de computação gráfica, feita nos estúdios da produtora Casablanca, em São Paulo.

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Edgard Miranda (Foto: Reprodução)

Edgard Miranda (Foto: Reprodução)

“Achei bacana retratar esse combate, que era bastante comum na época. Gravamos a cena em um dia e depois [o material] foi para São Paulo, onde o departamento de computação da Casablanca levou pelo menos uns dois meses para finalizar”, disse ao portal Uol.

Além disso, Miranda surpreendeu e rebateu comparando a O Outro Lado do Paraíso, novela do mesmo horário na Globo, em que a protagonista Clara é violentada pelo marido, Gael. “O horário já era quase às 10h da noite. Se a gente for analisar toda aquela coisa que passa na novela, ‘O Outro Lado do Paraíso’, em que a mulher é espancada diariamente, eu acho muito pior do que a gente viu da cabeça, em uma novela de 2 mil anos atrás”, justifica.

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