Um dos atores mais promissores da geração teve sua carreira arruinada por boatos e pela perseguição de dois diretores
Que os bastidores da TV possuem muitas disputas por poder e fama todos já sabem, mas até que ponto algum famoso pode ir para prejudicar um rival? Polêmicas por trás das câmeras são tão antigas quanto a própria história da televisão no Brasil e recentemente, um famoso galã da Globo contou que teve sua carreira destruída por um famoso diretor da Platinada.
O ator em questão é Mario Gomes, que foi um dos artistas mais conhecidos do Brasil entre as décadas de 80 e 90. Mas no auge de sua fama, o galã teve um caso com outra famosa atriz: Betty Faria, com quem contracenava na novela ‘Duas Vidas’, dirigida por Daniel Filho, marido de Betty na época.
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Em entrevista recente ao podcast ‘Papagaio Falando’, Mario relembrou o caso que teve com a atriz e que Daniel Filho acabou descobrindo a pulada de cerca da esposa. A partir daí, o ator acusa o ex-chefão da Globo de ter feito tudo para destruir sua carreira, inclusive espalhando boatos sobre sua vida pessoal em revistas na época.
“Eu me apaixonei, achei que aquela mulher iria me ajudar, mais experiente, então eu cheguei [na Globo] e fiquei deslumbrado. Eu achei normal, ela tava afim de mim eu tava afim dela…mas o cara não gostou”, disse ele no podcast.
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“O cara me chamava de viado pra tudo qualquer lado, ele falava pra Betty: ‘Você não tá vendo que ele é viado…Ele destruiu tudo, acabou com a possibilidade de eu ir mais pra cima“, denunciou Mário.
Com a descoberta do seu caso com Betty Faria, Mário Gomes contou que começou a ser sabotado por outros diretores como Carlos Imperial, com quem havia trabalhado em um filme.
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Imperial, ao invés de lançar a produção com o roteiro original, adaptou a obra para classificá-la como um filme erótico e usou um poster de Mário Gomes dando a entender que ele seria homossexual.
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MÁRIO GOMES FOI VÍTIMA DE MENTIRAS QUE FORAM PUBLICADAS NAS REVISTAS DA ÉPOCA
Segundo o ex-Global, o poster do filme apenas a ponta do iceberg e logo depois começaram a sair várias notícias falsas sobre ele e sua família, desde que Mário teria caído da ponte Rio-Niterói, que seu pai seria traficante e até que ele teria sido internado com uma cenoura presa no ânus.
Isso mesmo, um jornal da época, denominado ‘Luta democrática’ publicou uma notícia com o título: “Mário Gomes entalado com uma cenoura dá entrada em hospital”. No texto, a matéria dizia que o ator havia sido internado com uma cenoura no ânus e logo a notícia teve uma enorme repercussão.
Mário novamente acusou Daniel Filho e Carlos Imperial de serem os responsáveis pelos boatos envolvendo o seu nome: “Sem eu saber, estava saindo na Luta Democrática: ‘Ator Mário Gomes dá entrada na maternidade Fernando Magalhães, com uma cenoura e blá blá’. Era um jornal falido. Esse jornal, dentro da televisão, foi distribuído largamente. Foi pra me matar meu amigo, o Daniel não tava pra brincadeira, ele queria me tirar de cena“.
“Chamaram meu pai de traficante…Ele sempre foi um home justo, arrumou emprego pra todo mundo. Ele esculhambou o meu pai que já havia morrido há 9 anos”, lamentou o ex-galã da Globo.
Apesar do boatos cruéis, Mário Gomes não desistiu da sua carreira como ator e seguiu atuando na Globo e no teatro, mas nunca, de fato, foi assumiu o papel principal das novelas em que participou.
VOLTA AO AR E CARREIRA POLÍTICA
O último papel de destaque de Mário foi em A Favorita (2008), onde ele interpretou Gurgel, homem sem escrúpulos e muito ambicioso, porém totalmente preguiçoso.
Não se culpe se você não se lembra do personagem, pois o próprio ator reclamou do pouco espaço que teve em cena na trama de João Emanuel Carneiro.
“A última vez que fiz novela na Globo não deixaram meu personagem se desenvolver. Muito doloroso. Minha participação não podia crescer“, detonou o ator ao extinto programa Domingo Show, na Record.
Ele ainda atuou em algumas novelas na emissora paulista e desde 2018 vem tentando a carreira política. Atualmente, aos 69 anos, Mário Gomes é pré candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro pelo Republicanos.