O jornalista relembrou os seus conflitos com a direção da Globo após deixar a emissora
Chico Pinheiro rompeu o silêncio após sua demissão repentina da Globo na última sexta-feira, 29. O veterano falou sobre alguns momentos delicados de sua passagem na emissora carioca e projetou o seu futuro profissional em diferentes áreas.
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O ex-âncora do Bom Dia Brasil conversou com Cristina Padiglione, colunista do F5, horas depois de Ali Kamel, chefão de jornalismo da Globo anunciar a saída do veterano em um comunicado interno.
Chico comentou sobre um de seus escândalos na emissora carioca, quando teve um áudio vazado em prol do ex-presidente Lula, o que causou uma grande tensão no departamento de jornalismo e culminou até na sua saída do rodízio de âncoras do Jornal Nacional.
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Questionado por Padiglione sobre os desentendimentos que teve com a direção da Globo, Chico Pinheiro negou que defenda algum partido em especifico e que seus posicionamentos públicos sempre foram institucionais.
“Às vezes eu causava sustos, digamos. Cheguei a chamar de golpe, no Bom Dia Brasil, a comissão formada para o processo de impeachment da Dilma, que era liderada pelo Eduardo Cunha, deputado cassado pouco depois do impeachment. Eu disse textualmente: ‘Não vejo nenhuma autoridade moral nessa comissão de Eduardo Cunha porque todos os envolvidos estão com suspeitas de corrupção. Como eles querem ter autoridade para cassar uma presidenta democraticamente eleita? Isso é golpe. Ninguém aí tem autoridade moral pra isso'”, escorraçou o jornalista, que seguiu.
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“É uma defesa em nome das instituições, não de fulano ou beltrano. É a defesa da civilização contra a barbárie”, concluiu ele.
CHICO PINHEIRO CONSIDERA TRABALHAR COM POLÍTICOS OU COMO MOTORISTA DE APLICATIVO
“[…] pegar o meu carro e virar Uber ou motorista de outro aplicativo, mas teria que ter um patrocínio, porque esse negócio da Uber de tratar motorista como empreendedor sem as condições mínimas, não dá. Mas eu adoraria rodar pela cidade, cada hora pegar uma pessoa que eu não sei pra onde vai e ouvir a história dela. Adoro dirigir, adoro ouvir histórias e adoro rodar pela cidade”, seguiu Chico Pinheiro, detalhando como seria a nova profissão.
“Não dou cafezinho nem água, mas estou disposto a ouvir essas pessoas todas. Pego um no aeroporto: ‘Onde é que você vai?’ ‘Cemitério São João Batista’. Vou só ouvindo. ‘Vou fechar um negócio das arábias’, ‘Vou encontrar alguém’, aí já tem uma história de amor. Vou ouvindo tudo isso e depois registro no meu diário de bordo pra contar essas histórias anonimamente, sem identificar ninguém. É uma ideia”, finalizou o veterano.