Apresentador da Globo perdeu a paciência ao vivo ao falar sobre quarentena
O apresentador William, que comanda o DF 1, jornal regional da Rede Globo no Distrito Federal, perdeu a paciência ao vivo nesta quinta- feira, 07 de maio.
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Enquanto lia um comentário de uma telespectadora, o âncora da afiliada da Globo aproveitou para dar uma bronca em quem anda furando a quarentena para ir a locais públicos, como academias.
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Sem papas na língua, ele aproveitou a oportunidade para lembrar ao público que o caixão das vítimas do novo Coronavírus é fechado e gerou polêmica.
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“No Riacho Fundo tem academia funcionando desde sempre. É ou não é sem noção?”, questionou uma telespectadora através de mensagem enviada a produção do telejornal local.
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William não escondeu sua indignação com as pessoas que estão furando a quarentena em meio a pandemia da Covid-19 e detonou ao vivo.
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“É mais do que isso. Se a academia não cumpre a lei, não é confiável. E olha, você faz academia para quê? Para ter mais saúde. Agora não adianta ir para ter mais saúde e morrer de covid. Até porque o caixão de covid é fechado, ninguém vai ver seu corpo bombado lá dentro”, disparou ele, deixando claro a sua falta de paciência. Vale dizer que, segundo o Ministério da Saúde, são 34 mortes e quase 2 mil casos no Distrito Federal.
https://twitter.com/mtlvrg/status/1258434949285371909
William Bonner também surpreendeu com desabafo ao vivo
O jornalista iniciou sua fala mencionando alguns números. “Você já nem deve lembrar, mas na quinta passada eram 5.901 mortos. Os números vão aumentando desse jeito, cada vez mais rápido, dando saltos, e vai todo mundo se acostumando, porque são números. Um número muito grande de mortos em um desastre, de repente, sempre assusta”, disse o apresentador.
William Bonner continuou: “As pessoas levam um baque. Morreram mais de 250 pessoas em Brumadinho. É uma tragédia. Nos Estados Unidos, em 2001, morreram quase 3 mil nos Atentados do 11 de Setembro. 3 mil, assim, de repente. Mas quando as mortes vão se acumulando ao longo de dias e de semanas como acontece agora na pandemia, esse baque se dilui e as pessoas vão perdendo a noção do que seja isso”.
O jornalista reforçou a gravidade do problema que todo o Brasil tem passado atualmente. “8 mil vidas se acabaram. Eram vidas de pessoas, amadas por outras pessoas. Pais, filhos, irmãos e amigos conhecidos. Aí o luto, de tantas essas famílias vai ficando só para elas, porque as outras pessoas já não têm mais como refletir sobre a gravidade dessas mortes, que vão se acumulando todo dia, todo dia…”
Por fim, William Bonner refletiu sobre a tristeza de tantas pessoas. “Hoje, são 8 mil e 500. Amanhã. a gente não sabe. Quando é assim, o baque só acontece quando quem morre é um parente, um amigo, um vizinho. Ou uma pessoa famosa”.