Aos 87 anos, Cid Moreira fez um balanço de sua carreira e dos 50 anos da TV Globo. O jornalista disse que não sente falta da televisão no momento, mas não descartou um retorno no futuro. Em conversa com o site EGO, o apresentador contou que uma das grandes mudanças do jornalismo neste período é o comportamento dos jornalistas, que podem ser mais informais diante da câmera.
“Eu tenho inveja porque gostaria de estar nessa fase descontraída. Agora os apresentadores estão mais soltos na bancada, gesticulando mais, emitindo opinião. Naquela época, era tudo muito formal. Eu me lembro que causei escândalo ao espantar uma mosquinha enquanto estava no ar com o ‘Jornal Nacional’ na TV. Eu apenas espantei o bichinho”, compara Cid.
Ele ainda contou que um dos fatos que mais marcou sua carreira foi a cobertura da morte do poeta Carlos Drummond de Andrade. “Nós fugimos da bancada, colocamos um púlpito e, no final do jornal, eu li um trecho daquele poema ‘E agora, José’. Chamei o cara do áudio e falei: ‘No final, eu não vou falar boa noite, apenas sussurrar. Na hora, eu enchi o peito e falei: ‘José, e agora?’. Quando acabou o jornal, todos lá na redação fizeram uma fila para me abraçar, foi marcante por isso. As pessoas perguntavam como eu tive essa ideia e foi uma coisa que surgiu ali na hora.”
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