Milhões de cidadãos brasileiros já estão à procura da emissão da Carteira de Identidade Nacional, o CIN, que é chamado de novo RG. O documento traz o CPF como único número de identificação de qualquer pessoa, seguindo a regra da nova lei de Lula, sancionada em janeiro de 2023.
No entanto, por se tratar de um documento completamente novo, as emissões estão começando a ser feitas nos estados aos poucos, e o RG antigo ainda será válido até 28 de fevereiro de 2032, para que todos consigam garantir o CIN a tempo.
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Apesar de ainda não ser obrigatório, o novo RG está sendo emitido para milhões de brasileiros desde 11 de janeiro de 2024, mas até o momento, ele segue indisponível para moradores do Amapá, Bahia e Roraima. Pesquisas mostram que a procura pelo documento é maior em São Paulo, onde já existem vários postos para solicitar.
Como tirar o novo RG em São Paulo?
De acordo com o Infomoney, a emissão em São Paulo está sendo oferecida em 9 pontos da Grande SP, sendo 6 postos do Poupatempo e 3 unidades geridas pelo IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt).
Alguns requisitos básicos devem ser preenchidos para poder tirar o novo documento, são eles:
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- Ter uma conta no GOV.BR no nível prata ou ouro;
- Ter mais de 16 anos;
- Estar regularizado na Receita Federal;
- Não ter outra solicitação pendente para o Novo RG.
O processo para solicitar o documento é bem simples:
- Baixe o aplicativo “Poupatempo SP.GOV.BR” no celular e realize o agendamento no posto mais próximo;
- Compareça no dia agendado com a certidão de nascimento ou casamento.
Existe a possibilidade de inclusão de outros documentos no novo RG, como a carteira de vacinação, CNH e título de eleitor. O cidadão que desejar, basta levá-los no dia do agendamento.
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Não há nenhum custo para a primeira via da emissão da Carteira de Identidade Nacional. Os paulistas interessados devem ficar atentos, pois ainda não são todos os lugares que disponibilizam o documento. Conforme dito anteriormente, são 9 lugares onde se pode solicitar:
Poupatempos da capital e região metropolitana de São Paulo:
- Lapa;
- Santo Amaro;
- Itaquera
- Sé;
- Caieiras;
- Guarulhos;
As demais unidades geridas pelo IIRGD são o Atende Fácil (São Caetano do Sul), um posto em Barueri e o Descomplica de São Miguel, na capital de São Paulo.
Como o RG antigo tem validade até 2032, o próprio Governo de SP garantiu que não há necessidade de correria para retirar o novo, mas quem desejar, já pode se antecipar em algum desses postos.
Quanto tempo leva para receber o novo RG?
O processo de emissão é diferente para cada estado. Falando de São Paulo, ele costuma ficar pronto em 10 dias úteis. Já no Rio de Janeiro, o prazo é de 7 dias úteis, enquanto em Goiás é de 15 dias. Para saber sobre as demais regiões, basta perguntar ao atendente no momento em que comparecer ao agendamento.
Como tirar o novo RG em SP pelo celular?
A emissão do CIN está disponível apenas indo presencialmente a um dos postos disponibilizados pelo Governo. Apenas o processo de agendamento pode ser feito via celular. Depois de estar com o documento em mãos, o cidadão pode usufruir da versão digital do RG com os seguintes passos:
- Baixar o aplicativo RG Digital do Estado em que emitiu o documento;
- Clicar na opção “Adicionar RG” assim que abrir o aplicativo;
- Escaneie o QR Code localizado na parte de trás do documento e faça o reconhecimento facial no seu aparelho;
- Crie uma senha de acesso e conclua o processo.
Quais são as mudanças no novo RG?
De acordo com o G1, o CIN unificará o campo “nome”, onde não haverá distinção entre nome social e o nome de registro civil. Além disso, o campo “sexo” será extinto.
Ambos os campos não existem no RG antigo, mas o atual Governo decidiu fazer essa mudança pelas normas definidas durante o Governo de Jair Bolsonaro para a Carteira de Identificação Nacional.
Com a nova identidade, o CPF será o único número suficiente para a identificação do cidadão em todos os tipos de serviço. Para se ter uma ideia, o antigo RG permitia que a pessoa tivesse até 27 RGs diferentes, um por cada federação brasileira.
Essa unificação traz mais segurança e diminui a probabilidade de fraudes. Para reforçar, o QR Code atrás do novo RG permite a verificação da autenticidade do próprio, e a possibilidade de saber se foi furtado ou extraviado através de qualquer celular. Sendo assim, fica mais difícil de usar documentos de terceiros de maneira indevida.
Para saber tudo que está acontecendo AGORA no Brasil sobre documentos, política e economia, acompanhe o TV Foco!
O RG chegará ao fim?
Com cada vez mais brasileiros aderindo à nova Carteira de Identidade Nacional, o RG deverá cair em desuso nos próximos anos. Assim, em 2032, ele será extinto para sempre.
Quais estados estão emitindo o novo RG?
- Acre
- Alagoas
- Amazonas
- Ceará
- Distrito Federal
- Espírito Santo
- Goiás
- Maranhão
- Mato Grosso
- Mato Grosso do Sul
- Minas Gerais
- Pará
- Paraíba
- Paraná
- Pernambuco
- Piauí
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Norte
- Rio Grande do Sul
- Rondônia
- Santa Catarina
- São Paulo
- Sergipe
- Tocantins
Conforme dito anteriormente, o Amapá, Bahia e Roraima ainda não estão emitindo o novo RG. O Amapá e a Bahia já estão começando a implementar o sistema, enquanto em Roraima ainda não há previsão para iniciar a emissão do documento.
Por que será o fim do RG?
Apesar da lei ter sido sancionada por Lula em 2023, o projeto corre desde 2019. Quando ele foi aprovado pelo Senado em setembro de 2022, o senador Esperidião Amin (PP-SC) explicou o motivo pelo qual a medida favorece os cidadãos, principalmente os mais pobres.
“O objetivo é determinar um único número ao cidadão para que possa ter acesso a seus prontuários no SUS, aos sistemas de assistência e Previdência Social, tais como o Bolsa Família, o BPC [Benefício de Prestação Continuada] e os registros no INSS”, iniciou.
“Também às informações fiscais e tributárias e ao exercício de obrigações políticas, como o alistamento eleitoral e o voto. A numeração do CPF será protagonista, e os indivíduos não mais terão que se recordar ou valer-se de diferentes números para que os diversos órgãos públicos, bases de dados e cadastros os identifiquem”, seguiu Amin.
“A ideia é mais do que saudável, é necessária, é econômica. Um número único capaz de interligar todas as dimensões do relacionamento do indivíduo com o Estado e com todas as suas manifestações”, concluiu o político.