Pelo visto, as informações em torno do clima tenso nos bastidores do Exathlon não se tratam apenas de rumores. A equipe de produção já vinha reclamando há um bom tempo da falta de comunicação com profissionais turcos e das más condições de trabalho oferecidas na República Dominicana, onde o programa é gravado. E toda essa situação chegou a atingir o apresentador Luis Ernesto Lacombe.
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De acordo com o colunista Mauricio Stycer, Lacombe não aparecerá no comando da final do reality de resistência da Band, que será exibido na noite desta sexta-feira (15), e que será disputada pelo patinador Marcel Stürmer e pelo surfista Pedro Scooby. Para surpresa geral, a emissora do Morumbi colocou Acun Ilicali, dono da produtora responsável pelo programa, para comandar a final. O produtor é turco e todas as suas falas serão exibidas com legendas.
Ainda não há confirmação sobre o real motivo de Lacombe não apresentar a final, mas ao que tudo indica, sua ausência foi motivada por desentendimentos com Ilicali. O produtor decidiu unir as equipes de Brasil e México, que gravavam outra versão do reality na mesma localidade, e propôs esticar o programa até fevereiro do ano que vem.
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Lacombe se opôs a iniciativa, afirmando que seu contrato com a Band vence em dezembro. O apresentador chegou a reclamar do turco na frente dos atletas e produtores, provocando uma situação constrangedora. Apesar da recusa de Lacombe, Ilicali ainda esteve próximo de concretizar sua ideia negociando diretamente com os participantes e se acertando com a maioria. A iniciativa só foi descartada quando um dos competidores exigiu que o seu cachê fosse triplicado.
Durante a gravação de uma prova disputada entre as equipes brasileiras e mexicanas, Lacombe se revoltou quando os brasileiros marcaram um ponto decisivo que foi contestado pelos produtores turcos, que defenderam um empate e teriam manipulado o vídeo para provar a situação e procurar aumentar a tensão da prova.
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PRODUÇÃO JÁ AMEAÇOU DEIXAR O REALITY
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O clima nos bastidores do Exathlon é um teste de sobrevivência não só para o time de competidores, mas também para a equipe de produção. Os profissionais envolvidos no programa, que é realizado na República Dominicana, têm dificuldades de comunicação, em virtude do idioma, acúmulo de funções, falta de tempo para descansar e se alimentar, assédio moral e cobranças excessivas.
A produção relata que o fato da Band insistir que o programa fosse ao ar às pressas, mesmo com a passagem recente de um furacão nas proximidades onde a equipe realiza os trabalhos, impôs à produção cargas de trabalho que ultrapassam 15 horas por dia, e enfrentando temperaturas que atingem a marca de 40 graus. No dia da estreia, por exemplo, a tensão chegou a provocar uma briga feia entre dois profissionais.
Um dos principais problemas enfrentados diz respeito à comunicação com a equipe de editores, que é formada por turcos. Os tradutores são mal treinados e dificultam ainda mais o trabalho da produção brasileira, que já é reduzida. Para piorar ainda mais a situação, os profissionais enfrentam todos esses problemas sob o risco de não receberem remuneração, já que os pagamentos serão feitos por uma empresa desconhecida, chamada Akum Medya.
Diante do clima de “terror”, a produção ameaçou abandonar os trabalhos até que a Band permitisse prazos mais flexíveis e tempo para descanso.