CNN Brasil ignora medidas de prevenção do coronavírus e segue arriscando a vida de funcionários

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Douglas Tavolaro é o CEO da CNN Brasil (foto: Divulgação/CNN Brasil)

Douglas Tavolaro é o CEO da CNN Brasil (foto: Divulgação/CNN Brasil)

A CNN Brasil continua sem tomar medidas eficientes de prevenção ao coronavírus em suas instalações, colocando a vida da equipe da TV em risco

Há quase duas semanas, no dia 1º de agosto, o TV Foco noticiou em primeira mão que os funcionários da CNN Brasil estavam acusando o canal de notícias de ter uma conduta negligente quanto aos métodos de prevenção do novo coronavírus. O medo de parte da equipe cresceu depois que Daniel Adjuto, um dos âncoras da rede no Distrito Federal, foi diagnosticado com a doença.

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13 dias depois, porém, nada mudou. Pelo contrário. Novas queixas, feitas por outros colaboradores da auto-intitulada “maior do mundo”, apontam que o canal de notícias continua sendo ineficiente em suas medidas de contenção de combate ao coronavírus.

Sob a condição de ter sua identidade preservada, um jornalista da equipe do matinal Novo Dia revelou para o TV Foco que boa parte de seus colegas de trabalho ignoram a recomendação do governo estadual de usar máscaras durante todo o tempo, e tiram o acessório para bater papo e tirar fotos para seus perfis pessoais em redes sociais.

A reportagem foi ao Instagram para confirmar o depoimento dado pelo jornalista da CNN Brasil. Em poucos instantes, achamos fotos de um colaborador do mesmo telejornal posando na Redação da emissora sem fazer uso de máscara. Ele, que atua como editor de textos, já teve o coronavírus.

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O fato, porém, não é exclusivo da equipe do Novo Dia. Em outra publicação, um profissional está em pleno switcher do Visão CNN sem nenhum equipamento de proteção. A situação se repete em outras incontáveis publicações de funcionários dos mais diversos dias e horários.

NADA MUDOU NA CNN

Os funcionários da CNN Brasil também voltaram a reclamar da ineficiência na reposição de álcool gel nos dispensers espalhados pelas dependências no canal, e insistem em se queixar de que a direção da rede não suspendeu os deslocamentos desnecessários de alguns profissionais.

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Diego Sarza, que atua no Rio de Janeiro, continua sendo convocado com frequência para plantões de final de semana e cobertura de folgas de titulares de noticiários feitos nos estúdios da capital Paulista. O expediente, que bota a saúde dos colaboradores de São Paulo e Rio de Janeiro em risco, foi suspenso por todas as outras redes de televisão desde o início da pandemia, em março.

A única exceção foi na GloboNews, que autorizou que Aline Midlej se deslocasse para o Rio para cobrir a licença-médica de Marcelo Cosme. Ela, porém, já vinha viajando por conta própria antes da convocação e tem residência própria na cidade.

Quando o TV Foco divulgou a primeira leva de denúncias dos colaboradores da CNN Brasil, em 1º de agosto, o setor de Comunicação do canal se manifestou através da seguinte nota, reproduzida sem correções ortográficas e de concordância:

“Desde o início do estado de pandemia a CNN Brasil vem tomando as devidas providências.

No dia 19 de março, quando anunciamos que o William Waack apresentaria o telejornal de sua residência, a direção da CNN intensificou a medidas para preservar a saúde de seus funcionários ante à pandemia do novo coronavírus.

O canal aumentou o controle de limpeza e higiene em suas instalações e determinou que parte de seus funcionários desemprenhassem suas atividades à distância. A higienização foi reforçada com desinfecção em toda a empresa.

A CNN mantém à disposição de todos os colaboradores uma profissional de saúde para medição de temperatura e nível de oxigênio no sangue; higienização contínua dos locais e estações de trabalho por profissionais de limpeza; disponibilização de álcool gel nas diversas áreas da empresa; disponibilização de máscaras e luvas especialmente para pessoas que trabalham nas áreas técnicas e apoio onde há maior número de pessoas nos ambientes e/ou tenham contato frequente com várias pessoas diferentes.

Estão em home office, colaboradores de diversos departamentos, as grávidas e os funcionários com idade acima de 60 anos. O canal, neste momento, conta com cerca de 40% de seus profissionais e home office e segue com ações de prevenção para evitar a propagação da doença nas dependências da empresa”.

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