Cobertura dos principais telejornais da Globo vêm causando controvérsias ao destacar número de casos e até enterros
O mundo está sofrendo sérias consequências da pandemia de coronavírus, e no Brasil não é diferente com o número crescente de casos e mortes. Com isso, a Globo decidiu dedicar boa parte da sua programação à cobertura dessa pandemia, mas o tom adotado, especialmente pelo Jornal Nacional e o Fantástico, os dois principais jornalísticos da emissora, vêm chamando a atenção.
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Acontece que os programas são acusados de fazer “alarde” sobre a pandemia, com direito a reportagens sobre a falta de espaço em cemitérios de algumas cidades e regiões e a encomenda súbita de caixões.
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A Globo pode usar o argumento de que não deve esconder nada dos telespectadores, e tudo aquilo que é notícia deve ser transmitido ao público. Muita gente, no entanto, aponta que o Jornal Nacional e o Fantástico são atrações de grande alcance nacional, e que o tipo e o tom de notícia podem gerar pânico na população, especialmente em cidades menores.
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O tom adotado pelos telejornais da Globo já virou assunto em outros canais concorrentes. Neto, por exemplo, apresentador da Band, chegou a criticar a emissora, e afirmou, em tom irônico, que tinha “vontade de dar um tiro na cabeça” ao ver os noticiários da concorrente. O presidente Jair Bolsonaro é outro que criticou o “alarmismo”, mesmo que não tenha citado especificamente a emissora carioca.
E O OUTRO LADO?
Uma das reclamações de parte do público, é a de que a Globo não destaca o “lado otimista”, como o número de pessoas curadas, por exemplo, que de acordo com estatísticas oficiais, também é alto, bem mais do que o número de mortes.
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Ontem (04), por exemplo, o Fantástico compartilhou, em suas redes sociais, um trecho de uma matéria da jornalista Sônia Bridi sobre a pandemia, e uma internauta cobrou justamente que a emissora também destaque as pessoas curadas, além de alguns “hospitais vazios”.
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Porém, a própria jornalista tratou de rebater o comentário da internauta, afirmando que isso era “ficção”. “É reportagem, não é filme de ficção onde cabe a sua imaginação”, disparou.
E você, acha correto a forma como os principais telejornais vêm cobrindo a pandemia ou realmente passam do ponto e também deveriam destacar as notícias positivas?