Colega de Gilberto Braga escancara maldade da Globo com o ator e último desejo antes da morte: “Apelo”

Gilberto Braga, um dos grandes nomes da teledramaturgia da Globo, tinha um desejo antes de morrer, mas ele não foi atendido pela Globo

Um dos autores de novelas mais conceituados da televisão brasileira, Gilberto Braga faleceu recentemente e deixou muitos brasileiros de luto. A morte dele, no entanto, é cercada de muitos mistérios e esconde uma grande mágoa do passado em relação à Globo, de acordo com seu eterno parceiro na produção de novelas, João Ximenes, que está ajudando a escrever um livro sobre o autor.

Cristina Padiglione publicou um longo texto em que Ricardo Linhares fala sobre essa mágoa do colega contra a Globo.  Quando voltei após “Babilônia”, ele me convocou à casa dele. Fui recebido no quarto, numa cama reclinável, tipo de hospital. Ele não estava bem de saúde, mas lúcido e muito deprimido com o fracasso de “Babilônia”, que até hoje é o pior ibope do horário”, disse ele.

Gilberto Braga foi boicotado na Globo

“Não ouso dizer que antecipasse sua morte, mas naquele dia me disse textualmente que não queria encerrar sua carreira com um fracasso e queria voltar a trabalhar logo para recuperar seu prestígio. Pode parecer irrelevante lembrar de um fracasso neste momento em que todos os homenageiam pelos sucessos. Mas superar esse fracasso era importante PARA ELE”, prosseguiu.

O ator Gilberto Braga foi responsável por tramas como Dancin Days, Celebridade, Vale Tudo e Paraíso Tropical (Foto: Reprodução)

“Passaram-se seis anos e sinto a urgência de pôr os pingos nos is: o fracasso artístico e de audiência de “Babilônia” não pode ser atribuído a Gilberto e sim à intervenção mal intencionada que destruiu completamente a espinha dorsal da novela. Isto dito, tenho zero esperança de que alguém venha a público assumir que o fracasso de “Babilônia”, novela”, disparou o parceiro de Gilberto Braga.

Autor fez apelo

“A nova urgência que tenho é fazer um apelo público à TV Globo para que disponibilize os capítulos prontos de “Intolerância”. Se possível, até os cerca de 80 capítulos que escrevemos de “Babilônia” antes da intervenção, pois a “Babilônia” que vocês viram não chega aos pés da “Babilônia” que concebemos. Pode ser num livro, no site do Memória Globo”, pediu o autor na internet.