Não será dessa vez que o Brasil voltará a concorrer ao Oscar na categoria Melhor Filme de Língua Estrangeira, algo que não ocorre desde 1999, quando Central do Brasil, de Walter Salles, apareceu na lista final.
Este ano, o escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o país na pré-lista de indicados foi O Grande Circo Místico, dirigido por Cacá Diegues. A escolha, no entanto, dividiu opiniões e gerou revolta. O longa não recebeu avaliações positivas, tanto do público como da crítica especializada, e chegou a dividir os próprios membros da comissão escalada para escolher qual longa nacional entraria na pré-lista. Segundo informações do jornal Extra, houve debates acalorados entre os votantes, que não concordaram muito com a escolha final.
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Apesar de ter sido dirigido por um diretor cultuado e ter ganhado espaço no festival de Cannes, O Grande Circo Místico gerou muita controvérsia por sua “qualidade questionável”, de acordo com avaliações, e por sua abordagem polêmica envolvendo temas como incesto e estupro, retratados como algo “natural”.
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Vale lembrar que nos últimos anos, as escolhas do Ministério da Cultura para os filmes que representarão o Brasil na pré-lista do Oscar vêm causando polêmica. Em 2016, por exemplo, Aquarius, filme de Kleber Mendonça Filho, que vinha sendo exaltado em diversos países, não foi indicado pelo órgão, que preferiu selecionar Pequeno Segredo, um filme de menor apelo, que também não entrou na lista final. Na ocasião, surgiram rumores de que o “veto” a Aquarius ocorreu por motivos políticos, uma vez que o diretor do longa se manisfestava contra o atual presidente Michel Temer.
E nesta semana, houve o anúncio de que O Grande Circo Místico, que esteve entre 87 filmes originalmente considerados na categoria, não fará parte da lista final de indicados ao Oscar. Segundo informações da revista Veja, os nove países pré-selecionados para a premiação foram Colômbia (Pássaros de Verão), Dinamarca (Culpa), Alemanha (Werk ohne Autor), Japão (Assunto de Família), Cazaquistão (Ayka), Líbano (Cafarnaum), México (Roma), Polônia (Guerra Fria) e Coreia do Sul (Em Chamas).
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Apesar da exclusão do Brasil, a próxima edição do Oscar poderá consagrar mais um longa latino. O favorito na categoria é Roma, filme mexicano de Alfonso Cuarón, que vem sendo exaltado pela crítica. Este ano, o Chile já havia feito história ao ganhar pela primeira vez nessa categoria com Uma Mulher Fantástica. O México também pode levar sua primeira estatueta de Filme em Língua Estrangeira.
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A cerimônia de premiação do Oscar 2019 ocorrerá no dia 24 de fevereiro.