Muita gente criou expectativa em torno da nova temporada do “Pânico”. Acreditava-se que o humorístico voltaria renovado neste último domingo (22), com algumas fórmulas novas e com novos integrantes, mas a embalagem foi melhor que o produto.
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Logo na abertura do programa, Emílio Surita informou que o humorístico está recheado de novidades, mas que não seria possível apresentar todas em um único programa. Diante dessa afirmação, é óbvio que ainda não dá pra fazer uma análise completa em cima de todas as novidades da atração. O fato é que a primeira edição da nova temporada frustrou quem criava uma grande expectativa em cima do “novo” “Pânico”.
O programa voltou com poucos acertos. Carlinhos “Mendigo”, uma das principais novidades da atração, ficou um pouco de lado, e não teve sequer uma matéria sua exibida, ao contrário de Patrick Maia, que teve quase uma meia-dúzia, mas todas produzidas em cima de uma abundante falta de criatividade. O programa até brincou com a situação, colocando o humorista para comandar o “Tentativas de Quadros”, mas isso só coroou o próprio erro. Tiririca foi outro bastante aguardado, mas só “deu as caras” na atração, em um VT, apenas para promover sua estreia no programa.
Algumas boas propostas do humorístico, como a sátira de Faustão, feita por Márvio Lúcio, o Carioca, chamou atenção pela boa imitação do humorista, mas decepcionou pelo roteiro fraco. Idem com a sátira de Luiz Bacci feita por Guilherme Santana.
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Entre os poucos acertos do programa nessa sua reestreia, se destacam o “Apagão”, quadro com formato internacional adquirido pela Band, que foi sem dúvida, o momento mais cômico do humorístico; além da “Igreja do Poderoso”, quadro idêntico ao “Poderoso Castiga e Banda”, show próprio de Eduardo Sterblitch. A produção do quadro em um teatro com platéia foi uma ótima sacada do “Pânico”, e talvez a grande inovação.
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Acabaram abusando um pouco da nova imitação de Silvio Santos feita por Carioca no palco, tentando satirizar a saída de Wellington Muniz, famoso justamente por interpretar o dono do SBT. Outros quadros como a “Vida dos Bonecos de Olinda”, chegaram ao limite da falta de criatividade.
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A estreia da nova temporada do “Pânico” teve poucos acertos, e ficou devendo. É evidente que é complicado renovar o programa para atingir outros públicos, sem desagradar o seu atual público. Vamos aguardar as próximas edições do humorístico, mas a princípio, já pode-se dizer que muito ainda precisa ser feito para que o programa possa almejar novamente o sucesso.
As opiniões aqui retratadas não refletem necessariamente a posição do TV FOCO e são de total responsabilidade de seu idealizador.