Globo vem registrando boa audiência com reprises de novelas e levanta a ideia de que emissora pode repetir estratégia do SBT
A pandemia de coronavírus obrigou a Globo a promover uma proposta inédita em sua programação, fazendo com que todas as faixas de exibição de suas novelas passassem a ser ocupadas por reprises, uma vez que as produções atuais precisaram ser suspensas por tempo indeterminado.
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No entanto, os resultados surpreendem, com a audiência das reprises mantendo e até superando os índices das tramas que estavam no ar. O sucesso mais expressivo é o de Totalmente Demais, que já havia se tornado um êxito em sua exibição original, mas que nessa reprise, consegue bombar ainda mais.
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Esse fenômeno pode ser explicado pelo próprio fator pandemia, que obriga o isolamento social, fazendo com que as pessoas fiquem mais tempo em casa e aumente o número de televisores ligados.
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Porém, isso não chega a ser exatamente uma novidade, o que pode tornar esse debate a respeito do “fenômeno das reprises” algo mais amplo. O SBT, até pouco tempo atrás, sem pandemia, vinha conseguindo manter bons índices de audiência apostando nas reprises de suas novelas infantis no horário nobre, e pouco tempo após a exibição original das tramas.
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As séries de comédia também são outros bons exemplos, sendo reprisadas à exaustão, e ainda assim conquistando boa audiência, vide os clássicos Eu, a Patroa e as Crianças, Todo Mundo Odeia o Chris (Record e Comedy Central) e Chaves, no próprio SBT.
VALE INVESTIR?
Nas redes sociais, a maioria do público não parece se importar muito com as reprises, pelo contrário: recentemente, com os rumores de que a Globo poderia até mesmo escolher outra trama para reexibir no horário nobre, após o fim de Fina Estampa, muitos internautas se mobilizaram nas redes sociais, sugerindo seus títulos favoritos para rever na faixa das 21h.
A ideia surpreendente da emissora carioca de passar a investir em remakes de novela de sucesso, inclusive da concorrência, como Éramos Seis e Pantanal, ressalta a tese de que a aposta da Globo na mesma fórmula do SBT, “apelando” para reprises e ao passado, pode ser uma boa opção, afinal, se trata do famoso saudosismo e do “bom e barato”, mesmo que isso possa ter prazo de validade e que ainda sofra rejeição daqueles que defendem coisas novas na televisão.
Vale dizer que acervo diversificado e de qualidade é um ponto forte da Globo, e por isso mesmo mantém o Canal Viva em alta na TV paga, inclusive com as reprises de novelas.