Com Tony Ramos e Iozzi, “Vade Retro” será comédia da luta entre o bem e o mal em “Gotham City” brasileira

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Abel (Tony Ramos) (Foto: Globo/Ramón Vasconcelos)

Tony Ramos (Abel) em cena de ‘Vade Retro’
(Foto: Globo/Ramón Vasconcelos)

Dando início a mais um capítulo da eterna e cômica luta do bem contra o mal, a nova série ‘Vade Retro’ apresenta, de um lado, Celeste (Monica Iozzi), uma doce e ingênua advogada, e, do outro, Abel Zebu (Tony Ramos), um empresário milionário, misterioso e sem escrúpulos.

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Ele, com segundas e terceiras intenções, vai fazer de tudo para corromper a moça e usá-la em seus negócios escusos – alguns até de outro mundo. Ela, sem saber ao certo onde está se metendo, tenta resistir aos encantos e ao poder desse homem, ao mesmo tempo em que sente-se atraída por tudo o que Abel tem para oferecer. Em meio a tudo isso, num clima envolto por uma estética irônica e um sarcástico tom de humor, os autores Alexandre Machado e Fernanda Young marcam sua volta à televisão aberta com uma comédia diabólica, que levanta questões éticas inerentes a todo ser humano.

Para dar início aos trabalhos de construção de ‘Vade Retro’, os processos de pesquisa foram intensos. A história acontece em uma cidade que tem características muito semelhantes a São Paulo, mas que não é exatamente a capital paulista. Dos quadrinhos e da sétima arte, o diretor artístico Mauro Mendonça Filho enxergou em Gotham City, onde vive o super-herói Batman, uma referência para a construção de uma cidade que não existe. “Vamos ver São Paulo assim como acontece com Gotham City: é um lugar que gente acha que é Nova York, mas não é e vamos embarcar nessa fantasia. Brincamos um pouco com o que vem do Stanley Kubrick, e com referências de São Paulo, como o Conjunto Nacional, o Jockey Club e o auditório Parlatino (Memorial da América Latina)”, comenta Mauro.

Monica Iozzi (Celeste) em ‘Vade Retro’
(Foto: Globo/Ramón Vasconcelos)

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Daí veio também a ideia de usar locações como a barragem Rio das Pedras e a Mansão Jafet, ambas em São Paulo, que entram como cenários de propriedades de Abel Zebu, imponentes, grandiosas, retratando o luxo, a riqueza e a excentricidade do personagem. Em contrapartida, e reforçando os contrastes da cidade, o diretor de arte Cássio Amarante procurou um lugar que tivesse ligação com a vida de Celeste. “O apartamento em que ela vive, típico do bairro de Perdizes, na zona oeste, representa bem a profissional liberal, independente e sem afetações que queríamos para a advogada, uma moça como qualquer outra”, explica, citando a região com perfil bastante residencial e que ainda preserva muito de sua arquitetura com prédios baixos e casas antigas.

Aliado a isso, soma-se um trabalho de computação gráfica para criar uma atmosfera sombria e fantástica. O prédio onde Abel trabalha, por exemplo, ganhará uma cúpula mais alta, para dar imponência ao local, assim como sua mansão e sua casa de campo. A expressão “o tempo fechou” é levada ao pé da letra quando o céu da cidade se transforma de uma hora para a outra.

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As equipes de caracterização e figurino também realizaram intensa pesquisa para compor a aparência de cada personagem. Anna Van Steen, caracterizadora de ‘Vade Retro’, buscou levantar os traços da personalidade de cada um para definir como seria sua maquiagem. “No Abel (Tony Ramos), ressaltamos a agressividade, a autoestima elevada e o charme. Por isso ele tem o cabelo sempre alinhado, a barba arrumada e as sobrancelhas arqueadas”, conta ela, que utilizou tinta para escurecer barba e cabelo do ator, além de alguns apliques na sobrancelha. “Com a Celeste, reforçamos seu lado mais infantil e cômico, para lembrar que ela não é uma pessoa perfeita. Por meio das imperfeições, exaltamos a comédia: o cabelo está sempre bagunçado, a franja mal acabada, as unhas nem sempre arrumadas”, completa Anna. A atriz Maria Luisa Mendonça, que interpreta Lucy, mulher de Abel, ganhou traços exagerados, uma maquiagem carregada, nada naturalista, aproximando-se muito do universo fantástico de Tim Burton. Já Carrie (Nathália Falcão) e Damien (Enrico Baruzzi), os filhos do casal, são bem característicos de séries de terror: “Ambos têm pele muito branca, com olheiras; eles são lunares, góticos”.

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Damien (Enrico Baruzzi) e Carrie (Nathália Falcão)
(Foto: Globo/Ramón Vasconcelos)

O figurino também se baseou na realidade contemporânea, mas com toques de fantasia. Por isso, a equipe de Verônica Julian buscou referências em diversos momentos do cinema para dar o tom dos personagens e criou as composições em cima de cada tipo de cinema. “Abel representa o cinema italiano, aquele bon vivant, lembrando o Marcello Mastroianni, que é um ícone de estilo e elegância. Já a Celeste traz uma atmosfera mais francesa, lembrando traços delicados de Anna Karina, a musa de Jean-Luc Godard, e nouvelle vague”, conta a figurinista. Outros personagens também trazem referências do cinema, como é o caso de Kika (Luciana Paes), que “tem traços de Almodóvar, é um mulherão, é sensual, usa roupas que evidenciam o corpo”. Para compor toda a dimensão do que será visto na série, Verônica criou cerca de 70 desenhos.

Com estreia prevista para abril, ‘Vade Retro’, a nova comédia do bem contra o mal, conta com o texto ágil e ácido de Alexandre Machado e Fernanda Young, a criatividade da direção artística de Mauro Mendonça Filho e direção de André Felipe Binder e Rodrigo Meirelles, em coprodução com a O2 Filmes. No elenco estão Monica Iozzi, Tony Ramos, Maria Luisa Mendonça, Cecília Homem de Mello, Maria Casadevall, Juliano Cazarré e Luciana Paes.

Autor(a):

Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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