Juninho Pernambucano se tornou alvo de ataques de alguns torcedores do Flamengo. Tudo começou no último fim de semana, quando o comentarista da Globo criticou a comemoração de Vinícius Júnior, jogador do Flamengo, que após marcar um gol no clássico contra o Botafogo, fez um gesto de “chororô”, provocando os botafoguenses.
Muitos torcedores flamenguistas rebateram Juninho, chegando a resgatar imagens do tempo em que ele era jogador e também fazia gestos a fim de provocar torcidas adversárias. Outros indivíduos foram além, e segundo relato do próprio ex-jogador no Twitter, ele foi alvo de xingamentos, xenofobia (por ter origem nordestina) e até ameaças de morte. Diante dos ataques, o comentarista pediu à Globo para não participar da transmissão da final da Taça Guanabara disputada no último domingo (18) entre Flamengo e Boa Vista.
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“Lixo humano, vou te matar, tu é Paraíba, filho da p…, veado, vai chupar uma r… Foram só as pequenas coisas escritas pela torcida da massa para mim, do povo? As ameaças serão levadas à delegacia segunda. Não farei o jogo amanhã (domingo), pedi para não fazer. Onde estamos?”, escreveu Juninho no último sábado (17).
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No programa Bem, Amigos, do SporTV, na segunda-feira (19), Galvão Bueno resolveu fazer um desabafo contra a intolerância no futebol e no Brasil. O apresentador não citou o nome de Juninho, mas deu a entender que o seu comentário tinha relação com o caso do comentarista. “A intolerância é que está acabando com tudo, não é só o futebol. É um comentarista fazer um comentário e receber ameaça de morte, é o jogador dançar aqui e ser agredido, é intolerância. Eu também acho que nesse mundo de hoje [é bom evitar], mas a questão é essa intolerância”, declarou Galvão, também fazendo referência ao comentário de Caio Ribeiro, que no programa falou sobre a polêmica no jogo entre Vitória x Bahia — que terminou em confusão após um jogador do Bahia comemorar um gol com uma dancinha diante da torcida adversária — , e afirmou que esse tipo de comemoração deve ser evitada.
“Não é possível que as pessoas sejam tão intolerantes! Não é possível que não se possa ter uma opinião, que não se possa festejar um gol. Não é possível ser possível o que está acontecendo. Vamos esperar, pensar de forma positiva é bom, mas é preciso que aqueles que tenham algum poder realmente de tocar a opinião pública façam a sua parte. Ajuda, cada um fazendo a sua parte e deixando claro que isso não pode continuar do jeito que está. Não estou aqui discutindo decisões políticas ou administrativas, porque não me cabe isso e não seria nem ético, a minha função é emitir, sim, opiniões e conceitos de valores na parte esportiva. Para isso eu estou aqui, mas estamos vivendo um momento muito difícil”, finalizou o narrador.
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