Grande companhia aérea do país começa 2024 aterrorizado com ameaça de falência
E a maior companhia aérea brasileira, iniciou esse ano de 2024 aterrorizada com a sombra da falência, após se afundar em dívidas.
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De acordo com o portal Folha de S.Paulo, a empresa em questão é a gigantesca Gol, uma das mais tradicionais do ramo, cuja dívida já chega na casa dos R$20 bilhões.
Para se ter ideia da sua importância, antes do surgimento da Gol, viajar de avião era algo muito distante e caro para uma grande parcela do público brasileiro.
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Embora tenha abandonado esse estilo, a empresa chegou ao mercado oferecendo um modelo de negócios “low cost” e rapidamente se tornou uma alternativa as longas e cansativas viagens de ônibus.
Para as classes menos favorecidas, foi uma revolução na forma de se deslocar, até por isso ela é considerada uma das, ou até mesmo, a maior companhia aérea do país.
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Crítico:
A situação é tão delicada, que a mesma cogita a possibilidade de pedir a recuperação judicial nos EUA. A expectativa é que a recuperação se inicie em um mês.
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Vale dizer que ainda há mais possibilidades de financiamento no exterior.
A Gol ainda usa as duas próximas semanas para viabilizar um plano de reestruturação de dívidas entre as partes envolvidas e fora da Justiça.
Essa possibilidade, no entanto, vem se mostrando inviável diante da multiplicidade de interesses na mesa. Há credores financeiros, lessores (arrendadores de aeronaves) e stakeholders (investidores com papéis de dívida da companhia).
Melhor saída …
Ainda de acordo com o portal Folha de S,Paulo, pessoas envolvidas nas negociações afirmam que a estratégia de abrir um processo Tribunal de Falência de Nova York é a melhor saída, especialmente porque lá as regras são previsíveis.
Arrendadores preferem negociar nos EUA porque, segundo eles, um recuperação judicial no Brasil só permite saber como começa, jamais como termina.
Apesar disso, eles não descartam que hajam riscos, isso porque diferentemente da Latam, que foi pelo mesmo caminho em 2020 e concluiu o processo no mês de novembro de 2022, a Gol tem uma operação com menos presença nos EUA.
O processo pode ser recusado, o que levaria a companhia a gastar mais tempo e dinheiro para, ao fim, terminar abrindo um processo no Brasil.
Vários consultores e advogados foram contratados. A Abra, holding que controla a Gol, resultado da junção da brasileira com a colombiana Avianca, contratou o escritório Pinheiro Guimarães Advogados.
A companhia aérea ainda conta com assessoria de Milbank, Lefosse e TWK.
No fim do ano passado, também contratou a consultoria da Seabury Capital, uma das maiores em reestruturação de dívida no setor aéreo.
A principal tarefa da Seabury é buscar uma saída com os cerca de 25 lessores (arrendadores de aeronaves) para renegociar a dívida financeira.
Dívidas
Como mencionamos no inicio deste texto, a dívida financeira da Gol chega a R$ 20 bilhões e, deste total, cerca de R$ 3 bilhões vencem no curto prazo (em até 1 ano ).
Porém, conforme afirmado pela Folha, a companhia não tem caixa suficiente para honrar esses compromissos, segundo pessoas envolvidas nessa negociação.
Quais são as expectativas quanto à recuperação da GOL?
O problema da Gol não é operacional, uma vez que os resultados são de certa forma positivos. Porém, ela não tem novas garantias suficientes para trocar toda essa dívida vincenda. Seus ativos foram, em grande maioria, empenhados no acordo que resultou na Abra.
Por isso, também se discute que a própria holding abra o processo de recuperação nos EUA.
Caso se confirme, a Gol seguirá o caminho da Latam, que como mencionamos acima, no ano de 2020 (que maio daquele ano), foi ao Tribunal de Falências de Nova York (EUA), pedir pela sua recuperação.
E no ano de 2022, concluiu seu processo de reestruturação.
Resposta da Gol:
Por meio de sua assessoria, a Gol afirma que mantém seus esforços para melhorar a lucratividade, fortalecer seu balanço para posicioná-la, no longo prazo, como empresa que democratizou o transporte aéreo no país.
Para isso, informa que está em discussões com seus stakeholders financeiros (credores) sobre diversas opções que tragam maior flexibilidade financeira, incluindo capital adicional para financiar as operações.