O Banco do Brasil é uma das maiores instituições do país e tem milhares de clientes. Conforme ranking do Banco Central, ele está entre as cinco maiores agências operando no país
Além de investir em realizar negócios com os seus clientes, o Banco do Brasil também está ligado no mercado e quando pode, faz questão de comprar grandes concorrentes. E hoje vamos recordar a compra de um super banco pelo BB. Afinal, apesar de parecer um negócio extremamente lucrativo, muitas instituições financeiras acabam passando por mudanças e até mesmo vendidas para rivais do setor.
De acordo com informações do portal G1, no dia 20 de novembro de 2008, o Banco do Brasil fechou a compra do Nossa Caixa por R$ 5,38 bilhões de reais. O comunicado foi feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Bolsa de Valores de São Paulo. Quando foi incorporado ao BB, o Nossa Caixa possuía 547 agências e 15 mil funcionários.
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A Nossa Caixa iniciou suas atividades com o depósito de um conto de réis, feito pelo estudante Paulo Francisco de Arantes, 15 anos, filho do então presidente do Estado, Altino Arantes. Em anos de operação, a instituição financeira chegou a ser reconhecida como o terceiro maior banco público brasileiro, com 5,4 milhões de clientes e com agências em todas as cidades de São Paulo.
Porém, apesar de toda a sua tradição, a instituição acabou sendo incorporada por uma de suas maiores rivais, que com a compra chegou em outros patamares, aniquilando rivais como a Caixa Econômica Federal, que também é uma estatal, entre outros.
Ficou acertado que o pagamento seria feito em dezoito parcelas mensais a partir de março de 2009 no valor, cada uma, de R$ 299,2 milhões. E elas ainda seriam corrigidas pela taxa básica de juros, que na época era de 13,75% ao ano. Na época, o BB emitiu um comunicado falando sobre a compra.
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“O valor da operação foi calculado com base em avaliação econômico-financeira elaborada por consultores contratados pelo Banco do Brasil, a qual levou em consideração, entre outras metodologias, as perspectivas de rentabilidade futura e o fluxo de caixa descontado da Nossa Caixa”, diz o comunicado emitido no período.
QUAL FOI O SALDO POSITIVO AO COMPRAR O BANCO N°1 DOS BRASILEIROS?
Ao concretizar a compra, o BB passou a somar, à época, R$ 53,4 bilhões em ativos, que já totalizavam R$ 459 bilhões antes da operação, o que aterrorizou rivais como o Banco Bradesco. Com isso, a instituição subiu para R$ 512,4 bilhões em ativos totais, já contabilizados também aqueles oriundos do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e Banco do Piauí (BEP).
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Vale mencionar que incorporação rendeu ao Banco do Brasil a liderança no mercado no estado de São Paulo, onde anteriormente ocupava a quarta colocação. De acordo com o Jus Brasil, com a aquisição da Nossa Caixa, o BB garantiu a segunda posição, depois do Itaú-Unibanco e conseguiu ultrapassar até mesmo o Bradesco, que sempre foi considerado um dos mais populares bancos.
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O Banco do Brasil tem presença marcante em todo o Brasil. São mais de 109 mil funcionários, 18 mil pontos de atendimento e mais de 57 mil caixas eletrônicos, localizados em quiosques, shoppings, aeroportos, rodoviárias etc.
BANCO DO BRASIL SEGUE EM EXPANSÃO?
Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que sustentaram um aumento de dois dígitos nas carteiras de crédito ao longo de 2023, devem continuar com uma expansão mais forte graças ao perfil dos negócios em que atuam e do maior conservadorismo dos pares do setor privado de acordo com informações do portal Info Money.
Nos nove primeiros meses do ano, a carteira da Caixa cresceu 11,4% em relação ao mesmo período de 2022, batendo em R$ 1,091 trilhão. No BB, a expansão foi de 10%, para R$ 1,066 trilhão. A título de comparação, o Itaú-Unibanco, que também tem mais de R$ 1 trilhão em operações, cresceu 5,7% no mesmo intervalo.
Esse futuro promissor tem a ver com a modalidade direcionada ao o crédito imobiliário, que garantiu a ‘largada’ do banco em 2023, com crescimento de 14,6% até setembro do ano passado. O BB tem mais da metade do mercado no crédito agrícola, que também crescido junto com a produção rural no país.
Outra colheita da instituição é através dos empréstimos consignados. Com as reduções no teto de juros da modalidade pelo Governo Federal, os bancos privados reduziram as concessões do produto, justificando que as taxas não cobrem os custos.
No caso do BB, a originação é feita através da rede própria, sem correspondentes, que formam um fator de custo importante para os concorrentes. “Estruturalmente, o nosso consignado INSS é menos custoso que os dos outros bancos”, destacou o executivo do Banco do Brasil sobre a reviravolta que o mesmo está tendo em 2024, continuando nesse fluxo.