Em artigo crítico, o apresentador da Band, Datena, analisou o atual cenário brasileiro com parte da população desdenhando a pandemia do coronavírus
O apresentador do programa Brasil Urgente da Band, José Luiz Datena, fez uma dura crítica em sua coluna no jornal “Metro”, desta semana. Mais especificamente, o comunicador reproduz críticas ao comportamento de parte significativa da população brasileira que tem lotado as praias – como se viu no último final de semana – mesmo com uma taxa diária de centenas e centenas de mortes por causa do novo coronavírus.
Embora o Brasil, ao contrário de países da Europa, tenha tido maior tempo para se precaver contra o coronavírus, o descaso da Presidência da República com a doença – ainda hoje Jair Bolsonaro não segue as recomendações para evitar o contágio do vírus e incita a população a fazer o mesmo – resulta em um cenário caótico, com mais de 125 mil mortos e mais de 4 milhões de infectados – isso sem levar em consideração a subnotificação.
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Por fim, em meio ao cenário de caos, soma-se a roubalheira dos políticos e o descaso da população. Nesses últimos dois aspectos, Datena abordou em sua coluna, com destaque para o caso de corrupção envolvendo o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), da alta no preço dos produtos de cesta básica nos supermercados e a indiferença da população em relação aos números da pandemia.
DATENA FALE EM PANDEMÔNIO
Em sua coluna no “Metro”, o contratado da Band diz que as praias estão lotadas como se a pandemia tivesse acabado. “De uma hora para outra, o povo decidiu que o vírus acabou […] Acho que quando a vacina chegar nem dela vamos precisar. Até lá, muita gente vai morrer e nós vamos atingir a sonhada (para alguns) imunidade de rebanho”, afirmou o comunicador.
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“No fundo, pouco somos mais do que gado, que vai para o abate em fila esperando a morte chegar. Quem coloca a cabeça fora deste rebanho corre o risco de perdê-la. Fora isso, temos a famosa volta às aulas. Por aqui, vão fingir que elas estão voltando, mas, na verdade, a maioria dos alunos fica em casa esperando a vacina chegar”, continuou o apresentador da Band.
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Ainda, Datena destacou que “o problema da rede pública é o filho do pobre” que, “infelizmente, vai para a escola para fazer a única refeição do dia”. Por fim, ele fala sobre a possibilidade de uma recessão econômica e perda do emprego. Somado a isso, há, também, a possibilidade de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, crie um novo imposto, o que dificultaria ainda mais a vida das famílias pobres – o ministro de Bolsonaro quer recriar a CPMF.
CONTRATADO DA BAND CRITICA ALTA DOS ALIMENTOS
Em seu perfil pessoal no Twitter, Datena já havia polemizado ao criticar os donos das redes de supermercados que aumentaram os preços dos alimentos essenciais – como arroz, feijão e óleo – a preços absurdos. Para o jornalista, fazer esse tipo de coisa em meio a uma crise humanitária é “desumano” e os responsáveis deveriam ser presos.