As novelas da Globo até que tentaram trazer histórias “diferentes” para conquistar a audiência em 2018, mas decepcionaram o telespectador com o desenvolvimento fraco e a fuga rápida para clichês batidos do horário nobre.
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Inicialmente veio João Emanuel Carneiro com a trama de um cantor de axé falido, Beto Falcão (Emílio Dantas), que passa a fazer sucesso após ser dado como morto em um acidente aéreo e decide ficar escondido em uma ilha. A premissa da história é boa e empolgou o público, mas o autor decepcionou no desenvolvimento.
Após um início promissor, Segundo Sol praticamente abandonou a saga de Beto Falcão e passou a girar em círculos com prisões de Luzia (Giovanna Antonelli) e o drama da mocinha com os filhos, além claro, das armações de Laureta (Adriana Esteves).
Na reta final, João Emanuel ainda apelou para o clichê batido da falsa morte com Remy (Vladimir Brichta), que depois voltou para movimentar os últimos capítulos. O novelista pecou por não explorar melhor a saga do cantor de axé que muito prometia. Uma decepção.
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Em julho, após o adiamento de Verão 90, a Globo decidiu colocar no ar O Tempo Não Para. A história assinada por Mário Teixeira veio com um enredo interessante: congelados do século 19 desembarcam nos dias atuais.
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A fase inicial do folhetim das 19h chegou a empolgar ao mostrar o drama dos congelados vivendo em 2018, mas logo o autor deixou a família de Dom Sabino (Edson Celulari) de lado e a trama perdeu fôlego, se escorando apenas no casal de mocinhos Samuca (Nicolas Prattes) e Marocas (Juliana Paiva).
A novela das sete se perdeu ao ponto do escritor ter que matar o vilão Emílio, personagem do ator João Baldasserini, que voltou no capítulo seguinte como o gêmeo do mau-caráter, Lúcio, para se vingar do assassino de seu irmão.
O Tempo Não Para era uma história que tinha tudo para mexer com o telespectador (como fez nos primeiros capítulos), mas se perdeu e caiu num marasmo. Mais uma decepção.
No horário das seis, a Globo ousou com Espelho da Vida, uma trama em que a mocinha Cris (Vitoria Strada) tenta desvendar o assassinato misterioso de Julia Castelo, sua vida passada, durante as gravações de um filme.
A proposta da novela de Elizabeth Jhin é boa, mas a autora errou no desenvolvimento (assim como os outros citados escritores acima). Sem tramas paralelas que chamam atenção, o folhetim ficou escorado apenas na história central, exigindo mais dos protagonistas.
Para piorar, o “mocinho” Alain (João Vicente de Castro) não caiu nas graças do telespectador e a história está sem um vilão para abalar o núcleo central. Outro erro foi segurar a entrada de Danilo Breton, personagem de Rafael Cardoso.
Com isso, a responsabilidade de segurar Espelho da Vida ficou toda nas costas da mocinha Cris/Julia e de sua intérprete, Vitoria Strada, o que não deu certo e espantou o público.
E assim se completa a lista das novelas da Globo que começaram bem e decepcionaram em 2018.