A atriz da Globo e esposa do ator Hugo Moura, Deborah Secco destacou a importância de falar sobre a realidade das profissionais do sexo
Famosa por estrelar diversas novelas nas telinhas da Globo, a atriz Deborah Secco também acumula papéis de sucesso nos cinemas, sendo o mais emblemático deles a personagem Bruna Surfistinha. Por seu trabalho no longa biográfico de Raquel Pacheco, a esposa do ator Hugo Moura já foi atacada e perseguida nas redes sociais por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
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No entanto, em entrevista concedida ao OtaLab do UOL na última quinta-feira, 6, Deborah Secco abriu o jogo e falou abertamente sobre prostituição, propondo um olhar humanista para as profissionais do sexo e o quanto elas sofrem diariamente.
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Para a contratada da Globo, sexo não deve ser encarado como um tabu. Pelo contrário, ela diz acreditar que é importante que cada vez mais as mulheres vençam essa barreira e falem abertamente sobre o assunto.
DEBORAH SECCO DIZ QUE PROFISSIONAIS DO SEXO SOFREM
Ao UOL, a companheira de Hugo Moura contou que o fato de “Bruna Surfistinha” versar sobre a vida de uma profissional do sexo é algo de “extrema importância”. Para ela, esse é um assunto que precisa ser falado e não ignorado, pois, “todo mundo sabe que isso existe, mas todo mundo finge que não”.
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“Essas mulheres sofrem abusos diariamente. Elas não fazem mal a ninguém, a não ser a elas [mesmas]. A Bruna transformou a minha vida por me mostrar esse universo de perto, que eu não conhecia. Hoje eu me sinto uma lutadora, eu luto por essas mulheres. Preciso que essas mulheres sejam vistas e que a realidade dessas mulheres seja transformada. Espero muito que o filme ajude isso de alguma forma”, declarou.
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ATACADA POR BOLSONARO
Quando lançado em 2011, Bruna Surfistinha foi aclamado pela crítica especializada e o longa rendeu alguns dos mais importantes prêmios do cinema nacional à Deborah Secco. No entanto, com o avanço do conservadorismo no Brasil, sobretudo nos últimos três anos, a produção se tornou um motivo para que extremistas passassem a atacá-la publicamente.
No ano passado, por exemplo, o filme foi criticado por Jair Bolsonaro e o presidente afirmou que a produção é um exemplo de obra que não deveria ser feita com o uso de dinheiro público.
À época, Deborah Secco disse ter ficado “chocada” pelo filme “ter sido colocado nesse lugar, porque é um filme que retrata não só a história real de uma garota de programa, mas de outras milhares de mulheres que se encontram nessa situação”.