Novo decreto do Banco Central afeta a economia como um todo, principalmente no que se refere a investimentos de renda fixa como a poupança CAIXA
Nesta última quarta-feira (11), o COPOM do Banco Central (BC), por meio de um novo decreto, elevou a Selic, a taxa básica de juros do país, em 1 ponto percentual, atingindo 12,25% ao ano.
Essa foi a terceira alta consecutiva no atual ciclo de aperto monetário iniciado em setembro. A decisão reflete a tentativa de controlar a inflação, em um cenário de deterioração fiscal e pressões cambiais.
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No entanto, para os brasileiros, as mudanças na Selic não afetam apenas o custo do crédito, mas também os rendimentos das aplicações financeiras, com destaque para a poupança.
A poupança, uma das modalidades de investimento mais populares no Brasil, ainda mais a da CAIXA, tem rendimento diretamente atrelado à Selic.
Porém, em períodos de juros elevados, sua competitividade frente a outros produtos de renda fixa cai significativamente, tornando-se uma das opções menos rentáveis do mercado.
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Sendo assim, a partir de informações divulgadas pelo portal CNN, a equipe especializada em economia do TV Foco, traz mais detalhes sobre esse novo decreto da taxa e o quanto ele atinge investimentos de renda fixa, como a citada poupança CAIXA.
Quanto rende R$ 1.000 na poupança CAIXA agora?
Com a nova taxa, a poupança segue a regra de rendimento de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), que atualmente está próxima de zero.
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Sendo assim, o rendimento de R$1 mil na poupança CAIXA, cuja qual segue as mesmas regras, segue da seguinte forma:
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- Em 6 meses: R$ 1.037,64
- Em 30 meses: R$ 1.202,92
Embora isenta de impostos, a poupança apresenta retornos modestos comparados a outras alternativas.
Quais são os investimentos melhores que a poupança?
No entanto, com o aumento da Selic, diversas aplicações de renda fixa tornam-se mais atrativas, principalmente aquelas que se beneficiam diretamente do alto patamar dos juros.
Confira algumas das principais opções:
1. Certificados de Depósito Bancário (CDBs): CDBs, especialmente os de bancos médios, oferecem rendimentos superiores à poupança e são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por instituição. Segundo cálculos de especialistas:
- Rendimento em 6 meses: R$ 1.050,47 (CDB de 110% do CDI)
- Rendimento em 30 meses: R$ 1.308,38
2. Tesouro Selic: Os títulos públicos são uma das opções mais seguras do mercado e apresentam boa rentabilidade em momentos de juros altos. Com taxas de administração competitivas, o Tesouro Selic é ideal para investidores conservadores.
- Rendimento estimado em 6 meses: R$ 1.044,80
- Rendimento estimado em 30 meses: R$ 1.295,00
3. Fundos de Renda Fixa: Fundos que investem majoritariamente em títulos públicos ou privados atrelados à Selic podem ser uma boa alternativa, desde que apresentem taxas de administração reduzidas (abaixo de 1%).
- Rendimento em 6 meses: R$ 1.040,00 a R$ 1.045,00 (varia conforme a taxa de administração)
- Rendimento em 30 meses: R$ 1.280,00 a R$ 1.300,00
4. Letra de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCIs e LCAs): Isentas de imposto de renda, essas aplicações oferecem rendimentos próximos aos CDBs, com o benefício fiscal. Apesar disso, sua liquidez costuma ser menor, com prazos fixos para resgate.
- Rendimento em 6 meses: R$ 1.048,00 (em média)
- Rendimento em 30 meses: R$ 1.300,00
Por que a poupança perde competitividade?
O rendimento da poupança é limitado por uma fórmula que combina 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), quando a Selic está acima de 8,5%.
Isso cria um teto para os ganhos, tornando-a menos atrativa em cenários de juros altos, como o atual.
Por outro lado, outras aplicações de renda fixa, como os mencionados: CDBs, Tesouro Selic e LCIs/LCAs, oferecem rendimentos que acompanham de forma mais direta o movimento da Selic, garantindo retornos maiores aos investidores.
Outro fator que diminui a atratividade da poupança é a ausência de liquidez diária em alguns casos.
Aplicações como o Tesouro Selic, por exemplo, permitem resgates rápidos com melhor rendimento, sendo mais vantajosas para quem busca segurança e facilidade de acesso ao dinheiro.
O que esperar da Taxa Selic nos próximos meses?
De acordo com o portal Exame, a tendência de alta na Selic deve continuar em 2025, segundo o mercado financeiro.
Conforme exposto pelo Boletim Focus, o consenso entre economistas é de que a taxa básica de juros atinja 13,5% ao ano até o final do próximo ano.
Essa perspectiva reforça a necessidade de os investidores reavaliarem suas estratégias, buscando opções mais alinhadas ao cenário atual.
Para quem tem perfil conservador, os títulos públicos e privados de renda fixa continuam a ser as escolhas mais seguras e rentáveis.
Já investidores com maior apetite ao risco podem explorar fundos multimercado ou de crédito privado, que podem se beneficiar do ambiente de juros elevados e da volatilidade econômica.
Considerações finais:
A recente alta da taxa Selic impactou diretamente a rentabilidade da poupança, tornando-a menos atrativa frente a outras opções de investimento de renda fixa.
CDBs, Tesouro Selic, fundos de renda fixa e LCIs/LCAs, por exemplo, oferecem rendimentos superiores e acompanham de forma mais direta o movimento da taxa básica de juros.
A poupança, por sua vez, possui rendimento limitado por uma fórmula fixa, o que a torna menos competitiva em um cenário de juros elevados.
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