Gigante das bebidas vive à beira da falência após polêmica com ANVISA e dívida de 55 milhões
Marca muito famosa e gigante de bebidas é arrancada de todos os mercados por proibição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e vive terror de falência com dívida de 55 milhões e pedido de recuperação judicial à beira do fundo do poço.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Estamos falando da famosa cervejaria Três Lobos, dona da marca Backer, que em 2020 teve seus produtos interditados pela vigilância sanitária.
Segundo informações do Money Times, a medida foi tomada após os resultados laboratoriais divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento revelarem a presença das substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em seis outras marcas de cervejas produzidas pela Backer, além da marca Belorizontina.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Inicialmente, as duas substâncias foram encontradas na Belorizontina, que é vendida como Capixaba no Espírito Santo. Quatro mortes por intoxicação após o consumo da cerveja foram confirmadas. Mais 14 pessoas ficaram internadas, segundo informações da vigilância sanitária.
Diante disso, os comerciantes retiraram os produtos das prateleiras. Na época a empresa já enfrentava dívidas acumuladas passavam de R$400 mil.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em nota, a cervejaria afirmou que a prioridade era custear o tratamento médico dos clientes e amparar as famílias. A Backer que ficou fechada por dois meses, teve os bens parcialmente bloqueados, e cerca de 150 funcionários foram demitidos.
Além disso, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou 11 pessoas, inclusive os sócios-proprietários da cervejaria. O órgão considerou que, ao adquirir deliberadamente o monoetilenoglicol, impróprio para o uso na indústria alimentícia, eles assumiram o risco de produzir as bebidas alcoólicas adulteradas.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Foram denunciados também sete engenheiros e técnicos encarregados da fabricação da bebida. De acordo com o MPMG, eles agiram com dolo eventual ao fabricarem o produto sabendo que poderia estar adulterado e respondem por homicídio culposo e lesão corporal culposa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No entanto, de acordo com o G1, em 2023, a marca continuou se arrastando, e teve o pedido de recuperação aceito pela 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, por suas obrigações financeiras que chegam perto de R$55,5 milhões. As dívidas da companhia chegaram a esse patamar após a maior tragédia do país do setor de cervejas.
O que causou a contaminação da cerveja Backer?
Segundo informações do CNN Brasil, o inquérito policial foi concluído em junho de 2023 e apontou que a contaminação da cerveja pela substância dietilenoglicol ocorreu por meio de rachaduras nos tanques que armazenavam a bebida.
Conforme a Polícia Civil, 29 pessoas que beberam a cerveja Backer desenvolveram uma síndrome que causou insuficiência renal aguda pela substância tóxica encontrada na bebida e que vazou de um dos tanques. Desse total, dez pessoas morreram e 19 apresentaram sequelas graves.