Banco Central toma decisão inesperada e recebe críticas do governo
Na última quarta-feira, uma decisão surpreendente do Banco Central do Brasil abalou o mercado financeiro e impactou diretamente os investidores de poupança em todo o país.
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Após sete reuniões consecutivas de redução da taxa Selic, a instituição anunciou o encerramento do ciclo de cortes, mantendo a taxa básica de juros em 10,5%.
A decisão agiu em desacordo com as expectativas do governo Lula, que não poupou críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
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“Tem lado político”, acusa Lula sobre decisão do BC
Em entrevista à rádio CBN, Lula acusou Campos Neto de agir de forma politizada e de prejudicar o país ao não manter a autonomia necessária para promover o crescimento econômico. “Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central”, afirmou Lula.
Ele prosseguiu enfatizando que “um presidente que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político, e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar do que para ajudar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está”.
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Tesouro Selic, CDBs e Poupança: 3 bombas atingem em cheio os bancos
À primeira vista, a decisão pode parecer benéfica para investimentos em renda fixa. No entanto, na realidade, a alteração não afetará o rendimento da poupança.
Isso porque o cálculo de rendimento da poupança usa como parâmetro se a Selic está acima ou abaixo de 8,5%. Atualmente em 10,5%, o cálculo se mantém o mesmo.
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Com a taxa Selic mantida acima de 8,5%, a poupança continua rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), totalizando um retorno anual de aproximadamente 7,71%.
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Em contrapartida, é importante destacar que investimentos como Tesouro Selic e Certificados de Depósito Bancário (CDBs) têm oferecido rendimentos mais atrativos, variando de 8,32% a 9,57% ao ano.
Essa disparidade coloca os investidores de poupança em uma posição desfavorável frente as duas alternativas, especialmente aqueles que tem como objetivo maximizar seus retornos em um cenário de juros elevados.
Como a taxa Selic afeta a economia?
A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, determinada pelo Banco Central do Brasil. Ela serve como referência para diversas operações financeiras no país.
A Selic age influenciando diretamente o custo do crédito, a rentabilidade de investimentos em renda fixa e sendo uma ferramenta chave na política monetária nacional.
Com a decisão do Banco Central em paralisar a redução da Selic, a instituição optou por manter a taxa de juros em um patamar mais alto (10,5%), em vez de continuar com os cortes.
Normalmente, cortes na Selic são utilizados para estimular a economia, tornando o crédito mais barato e incentivando o consumo e os investimentos.
A decisão do Banco Central age priorizando o controle da inflação. O governo, em contramão, afirma que a inflação está sob controle e dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A discordância entre as políticas esperadas pelo governo e a decisão do Banco Central pode refletir divergências quanto à melhor estratégia para promover o crescimento econômico e o bem-estar social.