Delatora afirma que pagou R$ 200 mil para publicitário reativar o perfil “Dilma Bolada”
12/05/2017 às 20h31
As delações premiadas da Lava Jato estão atingindo até donos de perfis famosos na internet. O envolvido da vez é Jeferson Monteiro, que teria recebido R$ 200 mil em 2014.
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Quem o delatou foi Mônica Moura, que afirmou que queria que o jovem fizesse postagens favoráveis ao governo petista.
“Dilma Bolada” era o principal personagem satírico da ex-presidente Dilma e era conhecido por apoiar publicamente, de forma descontraída, a então líder petista. Em 2014, o perfil contava com mais de 1,4 milhões de seguidores.
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Em sua página no Facebook, Jeferson fez piada com a delação de Mônica envolvendo o seu nome: “Pelos meus cálculos, eu já teria que ter, no mínimo, R$ 1,7 milhão de reais na conta: R$ 500 mil segundo a ‘Revista Época’, R$ 1 milhão segundo Marcelo Odebrecht e agora mais R$ 200 mil segundo Mônica Moura”, disse ele.
E continuou: “Alguém, por gentileza, me avisa onde que tenho que retirar a quantia porque estou com o aluguel atrasado e o telefone cortado. Obrigado!”.
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Mônica afirmou em sua delação que o marqueteiro da campanha à reeleição de Dilma, o ex-ministro Edinho Silva, relatou em uma reunião que a presidente estava “furiosa” com a decisão do publicitário de ter tirado a “Dilma Bolada” do ar.
“Na ocasião, Mônica comentou com Edinho que estava fazendo isso como um ato de boa vontade pois o contrato da Pólis (agência de Mônica e seu marido) não previa este tipo de responsabilidade”, diz um trecho da delação.
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Após reunião com Edinho, Mônica ligou para Jeferson e acertou que um funcionário dela o procuraria para resolver o assunto.
Ela contou na delação que utilizou parte da propina que recebia pelos serviços publicitários e repassou R$ 200 mil em espécie para Jeferson, que reativou a página no Facebook e no Twitter apenas seis dias depois de ter retirado os perfis do ar.
As informações são do “G1”.